"Nos prometem creche, mas nunca sai. As mães que precisam trabalhar estão sofrendo", expõe a doméstica Maria Sônia Souza, 65 anos, uma das moradores incomodadas com a falta de uma instituição que abrigue as crianças no Parque Imperial, em Presidente Prudente. Quando a reportagem esteve neste bairro pela primeira vez, a principal reivindicação dos munícipes era a instalação da creche. Dois anos e meio mais tarde, eles alegam que o pedido ainda não foi atendido e esperam pela implantação. A comerciante Dainy dos Santos Pereira, 31 anos, cita o Lar dos Meninos e a creche do Residencial Funada como instituições mais próximas, contudo, segundo ela, os locais "ficam fora de mão" e "dificilmente têm vagas".
A doméstica Maria Lurilda de Souza, 52 anos, conta que a demanda por uma creche no Parque Imperial é "grande" e muitas mães precisam tirar uma quantia do seu salário para pagar o transporte com destino a estabelecimentos de outras localidades. "Se houvesse uma creche, o bairro ficava perfeito", avalia. A doméstica Bárbara Renata de Souza, 22 anos, é uma das mães que reservam uma verba para pagar a perua que leva o filho para a creche do Residencial Funada. "Com uma creche local, era um dinheiro a mais que sobraria", comenta.
Consultada, a secretária municipal de Educação, Ondina Barbosa Gerbasi, informou que um convênio por meio do "Programa Creche Escola" com o governo estadual foi solicitado pela Prefeitura. No ofício encaminhado pela pasta, ratificado em outubro de 2014, a administração municipal requere a construção de uma escola infantil com porte para 150 crianças. No entanto, a informação que a secretaria tem do Departamento de Gestão da rede física é que "a demanda do Parque Imperial não comporta a construção de creche no local". "Portanto, as crianças estão sendo atendidas nos bairros adjacentes", esclarece.
Procurada, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo chegou a fazer contato com a reportagem, contudo, não enviou um posicionamento oficial até o fechamento desta edição.
Saúde
Outro ponto observado pelos moradores do Parque Imperial é a presença da ESF (Estratégia Saúde da Família), que ainda não foi inaugurada. "Está fechada", frisa o comerciante Anderson Sales Premoli, 41 anos. A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde para questionar a previsão de entrega da ESF. Em resposta, a coordenadoria do PSF (Programa de Saúde da Família) notificou que está aguardando o repasse da terceira parcela da construção por parte do Ministério da Saúde para a finalização da obra e sua entrega definitiva para os munícipes da área. "Contudo, a população não está desassistida, pois existe uma equipe de saúde atuando no território desde janeiro de 2012, na Rua João Ruiz, 274. Essa equipe é responsável pelo atendimento da população dos bairros Jardim Imperial e Maré Mansa", comunica.
A reportagem entrou em contato com o Ministério da Saúde para saber como é feita a distribuição de parcelas para a execução de obras, no entanto, não recebeu resposta até o fechamento desta edição.
Estrutura do bairro
Ano de implantação: 1983
Área de loteamento: 363 mil m²
Número de quadras: 21
Área institucional: 30.470 m²
Imóveis prediais: 667
Imóveis baldios: 194
Fonte: Seplan
SERVIÇO
A população pode promover suas reclamações, críticas e elogios sobre o bairro em que reside. O contato deve ser feito com os profissionais da Pauta, por meio do
[email protected], do telefone 2104-3722 ou do Whatsapp 99104-8537.
