Missas e procissão exaltam Dia de São Sebastião

Padroeiro de Presidente Prudente será homenageado neste sábado, dia 20, com celebrações às 8h e às 19h, na catedral que leva seu nome

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 19/01/2024
Horário 06:17
Foto: Arquivo
Santo é considerado padroeiro das epidemias, pestes, guerras, tempestades e doenças contra os animais
Santo é considerado padroeiro das epidemias, pestes, guerras, tempestades e doenças contra os animais

São Sebastião foi mártir, ou seja, deu sua vida por Cristo, por defender aquilo que ele acreditava. Faz parte de Presidente Prudente desde sua origem, desde aqueles que primeiro aqui vieram”. Assim é carinhosamente definido o padroeiro da cidade pelo padre da Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Montalvão, Armando Nochetti. O dia do santo é celebrado neste sábado, dia 20, com programação especialmente elaborada pela Diocese. A primeira missa está marcada para às 8h, na Catedral que leva o nome do padroeiro. Mais tarde, às 19h, está marcada a segunda missa, com procissão saindo da catedral, seguindo pelas ruas Barão do Rio Branco, Doutor José Foz e retorno pelo Calçadão da Rua Tenente Nicolau Maffei até chegar à igreja. 
“A festa de São Sebastião é celebrada logo no início do ano para justamente pedirmos a ele as graças necessárias para o ano que está iniciando. Que, por inspiração desse grande santo, nosso padroeiro, possamos, entusiasmados e com coragem, defender e propagar a nossa fé”, enfatiza Nochetti. Pontua que o santo se tornou padroeiro da cidade devido à devoção existente nos primeiros moradores que enfrentavam doenças e epidemias, já que o mesmo é considerado o padroeiro das epidemias, pestes, guerras, tempestades e doenças contra os animais.
“Os primeiros habitantes que aqui chegaram, os desbravadores, construíram a capela no Centro, na Praça Nove de Julho, e ali eles trouxeram a devoção, porque ali era tudo mato. Então, ele faz parte da cidade desde sua origem, desde aqueles que primeiro aqui vieram, porque aqui tinham muitas epidemias, tinham muitas doenças nos animais, e daí a devoção deles à São Sebastião. O tinham como protetor”, frisa o padre, que também celebrará uma missa em honra ao padroeiro na capela da comunidade Ponte Alta, na Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Montalvão, às 20h deste sábado.

História do santo
Em seu portal eletrônico, a Diocese explica que, na maior cidade do oeste paulista, o nome do santo foi colocado na Catedral de São Sebastião, fundada em 1925, pelo monsenhor José Maria Martinez Sarrion. Conhecido por cuidar dos enfermos, foi escolhido devido à pouca condição de recursos medicinais da região na época. Para os moradores da cidade, as bênçãos do padroeiro serviram nos momentos difíceis. “Passado o tempo, a cidade cresceu, a devoção também cresceu e o referencial de Presidente Prudente passou a ser o padroeiro São Sebastião”, garante Nochetti.
“Sebastião” nasceu em Narbona, na França, no ano de 256 da Era Cristã. Ainda jovem, mudou-se com a família para Milão, na Itália, cidade de sua mãe. Alistou-se no exército de Roma e tornou-se soldado do imperador Maximiano. Conquistou o posto de comandante da Guarda Pretoriana. Secretamente, converteu-se ao cristianismo, e sempre que conseguia uma oportunidade, visitava os cristãos presos, levava ajuda aos doentes e aos que precisavam, sendo que muitos seriam devorados pelos leões, ou mortos em lutas com os gladiadores. Com palavras de ânimo, e consolo, fazia os prisioneiros acreditarem que seriam salvos da vida após a morte, segundo os princípios do cristianismo, expõe a Diocese.
Ainda conforme o site, ao tomar conhecimento de cristãos infiltrados no exército romano, Maximiano os identificou e os expulsou. E este era o caso do capitão Sebastião. Denunciado por um soldado, o imperador se sentiu traído e mandou que ele renunciasse à sua fé em Jesus Cristo. Sebastião se negou a fazer esta renúncia e, por isso, Maximiano determinou que ele fosse morto para servir de exemplo e desestímulo a outros.
Os arqueiros do imperador tiraram suas roupas, o amarraram num poste no estádio de Palatino e lançaram suas flechas sobre ele. Ferido, deixaram que ele sangrasse até morrer. Uma cristã devota e um grupo de amigos foram ao local e viram que Sebastião continuava vivo. “Levaram-no dali e o esconderam na casa da cristã que cuidou de seus ferimentos. Depois de curado, Sebastião continuou evangelizando e se apresentou ao imperador Maximiano, que não atendeu ao seu pedido. Sebastião insistia para que ele parasse de perseguir e matar os cristãos. Desta vez, o imperador mandou que o açoitassem até morrer e depois fosse jogado numa fossa, para que nenhum cristão o encontrasse”, finaliza o relato, produzido com informações do livro Polianteia Diocesana e do portal Cruz Terra Santa.
A escolha do dia para relembrar o soldado romano que se tornou pregador cristão foi feita em homenagem ao dia da sua morte, no ano de 288 D.C.


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Nochetti celebra missa em honra ao padroeiro na comunidade Ponte Alta, às 20h deste sábado

 

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