Mirante e Prudente recebem “O Pesadelo da Borboleta”

Apresentações ocorrem neste fim de semana e integram o projeto Oposto Teatro Laboratório; entrada é gratuita e a classificação livre

VARIEDADES - DA REDAÇÃO

Data 15/01/2022
Horário 10:10
Foto: Divulgação
Montagem faz diferentes linhas dramatúrgicas convergirem-se em torno do tema central, a morte
Montagem faz diferentes linhas dramatúrgicas convergirem-se em torno do tema central, a morte

Neste fim de semana, o Oposto Teatro Laboratório, projeto que iniciou itinerância na semana passada, apresenta o espetáculo “O Pesadelo da Borboleta” em dois lugares diferentes. Hoje, estará em Mirante do Paranapanema, às 20h, no Mini Auditório Pe. Geraldo Bataglini. A entrada é gratuita e a classificação livre. E amanhã, será no mesmo horário, no Espaço GarimpArte, em Presidente Prudente.
Segundo a produção do projeto Oposto Teatro Laboratório, em “O Pesadelo da Borboleta”, uma pintora está reclusa em seu ateliê de obras inacabadas quando adormece e tem um sonho - ou seria um pesadelo? Ela recorda passagens de sua primeira infância: seu nascimento, as primeiras flores e borboletas que viu, os rios, pássaros, árvores... e desse acesso às memórias surge também a lembrança da inesperada morte do seu pai. Acompanhada pela voz de sua mãe, que narra os detalhes desses acontecimentos, ela adentra o seu trauma. O isolamento em que vive é como o tempo de uma lagarta que espera o momento de tornar-se borboleta, ela busca por sua “metamorfose humana”.
O espetáculo é fruto de uma coprodução entre o Oposto Teatro Laboratório e o OdinTeatret, um dos mais importantes grupos do teatro ocidental, segundo a produção. Montado em intercâmbios anuais entre Brasil e Dinamarca ocorridos de 2014 a 2018, teve sua estreia em ambos os países. No Brasil, fez curta temporada no Fringe Festival de Curitiba, no Teatro Contadores da Mentira, em Suzano, na Escola Nacional do Teatro, em Santo André e na Mostra de Teatro de Presidente Prudente e região.

Prêmios na montagem

A montagem faz diferentes linhas dramatúrgicas convergirem-se em torno do tema central, a morte. Com pesquisa de campo realizada no México, para observação do trato festivo deste país ao tema, bem como a investigação in loco de sua importante pintora Frida Kahlo, que expôs seus traumas físicos e psicológicos em suas obras, o espetáculo ainda traz depoimentos de perdas e retrata o tempo do luto de uma mulher que perdeu seu pai, enfatizando a retomada de sua vida.
Durante a sua montagem, foi contemplado com o prêmio Myriam Muniz - montagem - sudeste, o mais importante prêmio federal de teatro, ofertado pela Funarte (Fundação Nacional de Artes). Depois de estreado, foi contemplado com o prêmio ProAC (Programa de Ação Cultural de São Paulo), para sua exibição online. 

Ficha técnica:
Atriz criadora: Marilyn Nunes 
Direção: Julia Varley
Assistência de direção: Flávia Coelho
Texto, cenário e figurino: Oposto Teatro Laboratório, com inspiração em textos de Mia Couto, Graciliano Ramos, Matheus Arcaro e relatos de Lucimar Sukert 
Construção de cenário: Hjalmar Andersen
Desenho de luz: Oposto Teatro Laboratório
Consultor artístico: Jan Ferslev


 

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