Militantes retomam movimento pró-impeachment em Prudente

PRUDENTE - André Esteves

Data 12/07/2016
Horário 10:50
 

A Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos de Presidente Prudente realiza hoje, a partir das 20h, no Parque do Povo, uma carreata noturna para comemorar os dois meses desde o afastamento de Dilma Rousseff (PT) da presidência da República. O ato integra uma série de ações que serão realizadas nas próximas semanas para divulgar a retomada do movimento Vem Pra Rua, programado para ocorrer na manhã de 31 de julho, às 10h, também no Parque do Povo. A ocasião visa reunir a população prudentina a fim de pedir pelo impeachment definitivo da presidente afastada. Na tarde de ontem, o grupo promoveu a primeira entrega de panfletos e adesivos promocionais.

Jornal O Imparcial Grupo distribuiu, ontem, material de divulgação do manifesto

De acordo com o organizador do movimento, Arildo César Chezlacki Junior, o retorno da reivindicação ocorre em virtude da demora no processo de impeachment de Dilma, cuja decisão final está prevista para agosto. Segundo ele, enquanto houver a possibilidade da petista voltar ao poder, a atuação do presidente interino, Michel Temer (PMDB), fica comprometida, visto que todas as medidas que ele tomar nesse período podem ser revogadas. Chezlacki define o governo Temer como um "tampão" e afirma que ainda é cedo para avaliar seu desempenho. "Em dois meses, não dá para tomar uma posição; é preciso que o processo chegue ao fim e tenhamos um cenário certo para averiguar como anda o Brasil de agora em diante", expõe.

Chezlacki diz que a ideia do movimento é lutar contra a "fase da história negra" que o país vive e torcer pelo crescimento econômico. "Queremos um governo mais transparente e melhor. Desta forma, é necessário que a corrupção seja combatida hoje", frisa. Conforme o militante, a melhor saída para a crise econômica atual é a valorização da iniciativa privada, "importante para o crescimento econômico e geração de empregos". "Não somos contra o assistencialismo, mas acreditamos que a solução para o cenário seja o liberalismo", considera.

Para o manifestante, a renúncia do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), é uma vitória para a democracia brasileira. "Apesar de Cunha ter ajudado bastante no nosso movimento, não podemos permitir que políticos com culpa no cartório continuem exercendo seus mandatos e sendo nossos ‘bandidos de estimação’", pontua.

 
Publicidade

Veja também