Micros e pequenas empresas paulistas puxam a recuperação pós-Covid

Contexto Paulista

COLUNA - Contexto Paulista

Data 23/09/2020
Horário 10:00

O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) divulgou pesquisa que aponta elevação do faturamento nas micro e pequenas empresas (MPEs) do Estado de São Paulo pelo segundo mês consecutivo. De acordo com os indicadores, em junho o aumento real (já descontada a inflação) foi de 11,8% na comparação com o índice de maio e a receita total das MPEs paulistas somou R$ 61,5 bilhões, o que representa R$ 6,5 bilhões a mais do que no mês anterior (maio). O crescimento do faturamento das MPEs, em junho sobre maio ocorreu em todas as regiões no Estado de São Paulo.

Indústria à frente

A indústria foi o setor que apresentou o melhor resultado, com alta no faturamento de 21,4%; em seguida aparece o setor de serviços, com crescimento de 12,1% nas receitas. O comércio registrou aumento de 10,1%, na mesma comparação.

Frase

"Se por um lado ainda há uma grande distância do nível de faturamento de junho do ano passado, não podemos menosprezar os dois meses seguidos de alta mostrados pela pesquisa", diz o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Wilson Poit. "Se os resultados positivos continuarem nos próximos meses, teremos uma sinalização positiva para a recuperação".

ABC lidera

O Grande ABC foi a região onde as MPEs tiveram o maior crescimento no faturamento, com alta de 19%, seguido de perto pelo Interior, com crescimento de 18,9%. Na região metropolitana de São Paulo, o faturamento no período aumentou 4,8%; na capital, a elevação ficou em 2,1%.

Patamar pré-crise

A atividade industrial nacional continua em recuperação e já se encontra no patamar pré-crise, de acordo com a Sondagem Industrial divulgada ontem pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). A UCI (Utilização da Capacidade Instalada) alcançou 71%, 2 pontos percentuais acima do apurado em agosto de 2019 e 4 pontos percentuais a mais na comparação com julho. É o maior percentual para o mês desde 2014, quando o UCI ficou em 72%.

Otimismo

"Na esteira dessa recuperação, o otimismo do empresário também continuou aumentando, impulsionado tanto pela recuperação da economia, como pelo início do período de fim de ano, sazonalmente mais favorável à produção industrial", diz a sondagem.

Confiança em alta

O Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio), medido pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), registrou, em setembro, alta de 14,4% na comparação com agosto. É a maior alta da série histórica da pesquisa, iniciada em abril de 2011. O presidente da entidade, José Roberto Tadros, diz que a expectativa é que a flexibilização das medidas de distanciamento social sustente a retomada da atividade econômica no terceiro trimestre. "O volume de vendas do comércio tem apresentado crescimento nos últimos meses, impulsionado pela reabertura das lojas do varejo não essencial, o que tem impactado na percepção cada vez mais otimista dos comerciantes", diz ele.

Veículos usados de vento em popa

A média de 67.652 veículos usados (incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos) transferidos por dia na terceira semana de setembro mostra que o mercado de veículos usados, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos, está quase superando a crise instalada com a pandemia de coronavírus ao Brasil, segundo o site Automotive Business. No total, 67.652 veículos usados foram transferidos por dia na terceira semana de setembro. O número, divulgado na segunda-feira pela Fenauto, que reúne os revendedores multimarcas, é 23,7% acima da média diária de transferências registrada em janeiro e fevereiro deste ano, e é 11% maior do que o registrado na primeira quinzena de março,

Surpresa

"É um resultado realmente muito expressivo este que estamos registrando neste ano", disse Ilídio dos Santos, presidente da entidade. "A persistir essa evolução, e se o segmento de zero-quilômetro voltar a abastecer o mercado, prevemos que o setor de usados poderá apresentar um resultado acima de nossas expectativas até o fim do ano", disse.

Movimento no porto

O aumento na movimentação de granéis sólidos de origem vegetal no Porto de Santos forçou um recorde no fornecimento de óleo bunker, o combustível de navios, no terminal operado pela Transpetro, na Alemoa, no complexo santista. No mês passado, 190 mil toneladas do produto foram fornecidas, um volume 28% maior do que o verificado em agosto de 2019. A informação é o do jornal A Tribuna (Santos). Segundo a Petrobras, foi a maior quantidade de bunker já entregue desde abril de 2011.

Exportação de grãos

O aumento da quantidade (de bunker) vendida deve-se principalmente pelo acréscimo na quantidade de navios de granel sólidos que acessaram o Porto de Santos nesse mês (no último mês), em função da exportação de grãos, informou a empresa.

Mogi: negócios virtuais

Nesta quarta-feira, a Associação Comercial de Mogi das Cruzes promove a Rodada Virtual, um encontro de negócios por meio digital para prospecção de clientes e estímulo às vendas. A apresentadora, Mariela Parolini, compartilhará dicas sobre "Marketing Digital – Comunicação Assertiva para sua empresa". "A forma de fazer negócios também mudou nesta pandemia e as reuniões digitais são uma alternativa para apresentação das empresas e prospecção de clientes", diz a vice-presidente da entidade, Fádua Sleiman. A informação é do jornal O Diário de Mogi, da Rede APJ (Associação Paulista de Portais e Jornais).
 

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