Mesmo no envelhecimento, seu cérebro pode melhorar

OPINIÃO - Sergio Munhoz Pereira

Data 15/05/2024
Horário 05:00

No envelhecimento é comum a sensação de que as várias das nossas habilidades cognitivas se alterem, tornando-nos mais lentos e menos capacitados para aprender novos conhecimentos.
Nos últimos avanços na área de neurociências os resultados são estimulantes, já que nem sempre nos tornamos menos capacitados, mais empobrecidos mentalmente, mas revelando um potencial surpreendente do nosso cérebro para a preservação e até mesmo o aprimoramento das funções cerebrais, seja ela no processo de aprendizado, na melhoria da memória,
Lembrar que nosso cérebro é um sistema hiperdinâmico, constantemente apto a mudanças estruturais e, especialmente quando for bem estimulado. É evidente que atualmente esta configuração do nosso cérebro mais positiva evidenciando a capacidade de geração de novos neurônios ao longo da vida adulta, um fenômeno conhecido como neurogênese,
A base desse processo reside na neuroplasticidade, a habilidade do cérebro de se adaptar e reorganizar em resposta a estímulos internos e externos. Intervenções cognitivas, como treinamento mental e estimulação cognitiva, tão necessário na terceira idade podem não só preservar, mas também melhorar o desempenho cognitivo em pessoas idosas.
Portanto, os benefícios revelam nas áreas cerebrais estimuladas melhora em várias funções cerebrais e  perduram mesmo anos após o término das intervenções.
Sempre é bom reforçar que a descoberta da neurogênese em adultos, antes considerada limitada ao desenvolvimento fetal e neonatal, abre novas e grandes perspectivas. Novos neurônios, especialmente no hipocampo, uma região vital para a memória, são capazes de influenciar positivamente processos de aprendizado e formação de memórias, promovendo a associação de estímulos no espaço e no tempo.
O resultado é que a visão antiga que com o envelhecimento o cérebro ia perdendo aos poucos, células nervosas, vem sendo atualizado, ou melhor, demonstrando que é possível “ganhar” mais neurônios ao longo da vida.
Tudo isto depende da construção diária de atividades para o idoso realizar, como caminhar diariamente pelo menos 15 minutos, manter uma atividade que possa estimular o cérebro como leitura, realização de jogos como palavras cruzadas, dominó, cartas, ter hábitos saudáveis evitando álcool e tabaco, organizando em horário habitual o sono e ingerindo alimentos saudáveis como verduras, legumes e frutas. Ah! Ingerindo muita água, 2 litros durante o dia, afinal o cérebro é constituído de mais de 70% de água.
 

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