"Homens e mulheres são iguais". Essa foi uma das lições aprendidas por Maysa Neves Paiva, 15 anos, com a história de vida de Malala Yousafzai, no projeto realizado na Escola Estadual Professor Joel Antônio de Lima Genésio, em Presidente Prudente que após um ano de estudos da vida da ativista com mais 14 alunas, juntamente a professora da sala de leitura, Rita de Cássia Nespoli Damasceno, foi finalizado com uma mesa redonda para alunas do colégio, na manhã de ontem.
Segundo a professora, pelo ensino em período integral da escola, os estudantes são postos em contato com personagens de protagonismo juvenil. "Foram 15 alunas que participaram deste projeto. No princípio, escolhemos alunas prioritárias, que estavam com notas abaixo do básico, mas depois abrimos para quem quisesse participar".
Rita explica que toda a pesquisa foi realizada somente por alunas. "Nós focamos nas mulheres, pela personagem, e pela luta dela. Aqui no Brasil nós não temos o mesmo problema que a Malala tem, mas temos outros fatores que deixa as mulheres fora das escolas".
DISCIPLINA DIFERENCIAL
Na escola, todos os anos, um personagem que tenha protagonismo juvenil pode ser estudado na disciplina trazida aos discentes devido ao sistema de ensino integral. "Fazemos isso para trazer inspiração, uma motivação de luta", explica Rita.
No encontro foi discutida a vida de Malala, e como seus posicionamentos tem relevância, não só para as estudantes do oriente médio, mas para todas do mundo. "Esperamos que as alunas aprendam a valorizar a escola e os estudos, e que cheguem até o curso superior".
PROTAGONISMO E MUDANÇAS
"Eu tive relatos de professores que as alunas tiveram uma melhora significativa no dia-a-dia", explica a professora.
As alunas Maysa, Gabriela Melo de Oliveira, 11 anos e Júlia Costa Belo, 14 anos, disseram inspiradas pela trajetória de Malala. "Pelo protagonismo, eu achei importante estudarmos a vida dela", declara Júlia. "Eu achei interessante. No país dela, as mulheres não podiam estudar, mas homens e mulheres são todos iguais, e só as mulheres não poderem estudar é muito errado", completa Maysa.
"A Malala foi uma guerreira, mesmo correndo perigo ela lutou para dar voz as mulheres e aos estudantes. Ela só queria estudar, e por causa disso ela sofreu atentados", explica Gabriela.
As alunas, em conjunto, disseram se inspirar na história da ativista, e aprenderam a "nunca desistir", e Gabriela completa. "Ela nos ensinou a ter atitude e não ficar em um canto de braços cruzados".