Há um ano, em 22 de março de 2020, foi publicado o decreto 64.881/20, que determinou a suspensão de atividades econômicas em virtude da propagação do Covid-19. Já em maio, foi editado o Decreto 64.994/20 denominado Plano São Paulo, remetendo o planejamento das medidas ao COE-SP (Centro de Contingência e Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública e Estadual), e categorizando em “fases de cores”, bem como, regramento sobre este funcionamento, a chamada decisão técnica.
Muito se falou, no início, com base na experiência dos europeus, principalmente, a Itália, em arregimentar estudantes de medicina, fisioterapeutas, dentistas e outros profissionais da saúde para colaboração em mutirão, afinal, estava decretado o estado de calamidade pública.
Ao que parece, a doença superou as expectativas dos “técnicos”, não houve preparo de profissionais e nem de hospitais, preferindo o executivo estadual procurar culpados pelos próprios erros. Erros esses que seriam da própria população(em parte pensamos correto), mas pior é penalizar, sobretudo, o comerciante, que já está asfixiado pelas mãos do governo, e não vê qualquer esperança de cura. Reforça tal desalento em maior medida a ausência de leitos para os pacientes de Covid-19.
Em março deste ano, o governo de São Paulo anunciou 11 hospitais de campanha, e com a extensão, totalizando em 15. Com tal medida, foram abertos, segundo anunciado, mais 140 leitos de UTI, além da adequação de mais 140 de enfermaria nos serviços ambulatoriais que passaram a abrigar pacientes com quadros graves. Mas para a nossa região, nada!
A relegada região do DRS-XI exige atenção. É emergencial! A Santa Casa de Prudente decretou colapso neste fim de semana que se passou, anunciando que está com seus leitos 100% ocupados para atendimento ao novo coronavírus. E até o momento, em torno de 65 pessoas aguardam por uma vaga nos hospitais de Prudente.
Não se desconhece os recentes e poucos leitos abertos, que bem sabemos não vêm sendo suficientes, não por conta dos empresários que vêm contribuindo com doações em meio à quebradeira anunciada, talvez como “último folego de vida”!
Promessas de hospitais de campanha existem, mas por enquanto só se vê outro tipo de campanha que não nos interessa. O despreparo e a falta de visão dos técnicos eleitos restaram nítidos, após um ano a discussão é a mesma: não temos equipes preparadas e nem leitos suficientes. Os doentes, o comércio e toda população gritam pela mesma coisa: menos campanha e mais hospitais!