Mauro Martins encerra campanha eleitoral e “libera” eleitores: “fui tirado das urnas”

Candidato ao cargo de prefeito de Presidente Prudente pelo partido Novo está fora da disputa pelo Executivo por ausência de postulante a vice em sua chapa

Eleições - MELLINA DOMINATO

Data 01/10/2024
Horário 11:48
Foto: Arquivo
Mauro Martins: “desejo liberar os que votariam em mim, pois não encontrarão meu nome na urna”
Mauro Martins: “desejo liberar os que votariam em mim, pois não encontrarão meu nome na urna”

“Agradeço aos meus eleitores e os libero para seguirem em frente. Fui tirado das urnas. Poderia ser prefeito de Presidente Prudente”. Assim, o postulante ao cargo majoritário pelo partido Novo, Mauro Cesar Martins de Souza, se despede de sua campanha política nesta terça-feira. À reportagem de O Imparcial, o candidato ao Executivo da capital do oeste paulista avaliou como “positiva” sua participação nas eleições municipais deste ano e revelou que, neste momento, não tem nenhuma expectativa política para 2026 ou 2028. “Mas, plantei uma semente. Consegui mostrar à população que existem novos caminhos. Consegui mostrar que pessoas honestas podem participar da política”, declarou.

Com seu pedido de registro de candidatura ao cargo de prefeito indeferido na primeira e segunda instâncias, por ausência de um postulante a vice-prefeito na chapa única, Mauro Martins consta como “inapto” no DivulgaCandContas (Sistema de Divulgação de Candidaturas e de Prestação de Contas Eleitorais), do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e não terá nome e número nas urnas, neste domingo. 

“Fui tirado das urnas pela velha política de Presidente Prudente, que não aceita o novo. Sempre teremos o problema de estar filiado a um partido e, em todos, existem problemas. Mas, minha atuação na comunidade continuará a ser de um cidadão que trabalha e gera desenvolvimento para a cidade”, alegou o então candidato. “Desejo liberar os que votariam em mim, pois não encontrarão meu nome na urna. Muitos têm dito que sequer irão votar e outros que anularão ou votarão em branco, mas peço a todos que votem, pois se errarem, a situação de Prudente ficará ainda pior. Muito obrigado a todos que me ajudaram até aqui e confiaram em mim”, encerrou, em nota.

Corrida pela candidatura
Mauro Martins teve seu pedido de registro de candidatura indeferido pelo juiz eleitoral da 101ª ZE (Zona Eleitoral), Fabio Mendes Ferreira, por não ter um postulante a vice-prefeito registrado em sua chapa, no prazo legal, ou seja, após a renúncia de Maraci Morata Pattaro. O postulante recorreu ao TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo), que, em decisão monocrática do juiz Regis de Castilho, confirmou a sentença de primeira instância. O mesmo magistrado negou nesta segunda-feira provimento a um mandado de segurança interposto por Mauro Martins e seu possível vice, Caio Antônio Perroni, instrumento que novamente buscava o deferimento das candidaturas.

Como noticiado neste diário, Mauro Martins chegou a anunciar Caio Perroni como parceiro de urna, cujo nome não foi enviado pelo Desp (Diretório Estadual de São Paulo) do Novo à Justiça Eleitoral no prazo legal para substituição, o qual alegou que não ter recebido nenhuma deliberação a respeito da Comissão Provisória Municipal de Prudente, responsável pela indicação. “Aqui em Presidente Prudente, se negaram a inscrever o jovem brilhante e competente Caio Perroni. Lutei na Justiça, mas as decisões são lentas e os tribunais entendem que é uma questão interna dos partidos”, reforçou o candidato e prefeito nesta terça-feira.

Sobre a nova negativa do TRE-SP, Mauro Martins anunciou que não irá recorrer da nova decisão, já que aguarda julgamento de outro recurso sobre o mesmo tema, ou seja, a indicação de vice, no TSE.

Perfil desaprovado
Sobre a não indicação de Caio Perroni para vice-prefeito pelo Novo, o presidente da Comissão Provisória Municipal do partido, Marcos Paes, informou nesta terça-feira que a candidatura não teve concordância da agremiação, motivo pelo qual o postulante não teve seu nome enviado para análise da Justiça Eleitoral. 

“A Comissão Municipal, junto com o Diretório Estadual, não concordou com a candidatura do Caio. Passamos por três pré-candidatos a vice-prefeito e, por motivos diversos, todos não aceitaram dar continuidade ao processo eleitoral”, argumenta Marcos. “O Caio apareceu para substituição, mas não passou no perfil pré-estabelecido pelo partido Novo e por todos os componentes da Comissão Municipal e Diretório Estadual, tendo a resolução da sua não indicação”, evidenciou o presidente do comitê.
 

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