O Estado de São Paulo comemora hoje mais um aniversário do
Movimento Constitucionalista de 1932, data de extrema importância para a história do Brasil. A revolução exigiu que o País tivesse uma Constituição Federal e fosse mais democrático, já que na época, era Getúlio Vargas quem ocupava a presidência da República, após um golpe de Estado, aplicado depois de sua derrota nas eleições presidenciais de 1930, para o paulista Julio Prestes.
Artefatos que fizeram parte do dia-a-dia dos combatentes estão na unidade prudentina
Este período notório foi chamado de "A Era Vargas". A Revolução Constitucionalista de 1932 representa o inconformismo de São Paulo em relação à Ditadura de Vargas. De um lado, o Estado exigia do governo federal, maior participação política. De outro, Getúlio Vargas negava a divisão do poder. Os paulistas então, não aceitaram as arbitrariedades do presidente, o que levou ao conflito que opôs São Paulo ao resto do País. Durante os conflitos, vários jovens morreram na luta pela constituição. Dentre todos, quatro estudantes foram reconhecidos heróis paulistas do conflito: Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo, o famoso MMDC.
Esta história, aparentemente tão distante de nós, contou com a participação de aproximadamente 500 prudentinos. Segundo o diretor do Museu e Arquivo Histórico Municipal Prefeito Antonio Sandoval Netto, de Presidente Prudente, José Carlos Vieira, grande parte dos combatentes era voluntários e enfrentou os combates por acreditar no ideal constitucionalista de 1932.
Diante deste fato, o museu promove de hoje a 2 de agosto, a exposição "1932 – Presidente Prudente na Guerra Paulista", onde são mostrados arquivos fotográficos e artigos utilizados durante o período, como granadas, medalhas, materiais para primeiros socorros, marmitas, uniformes usados nos combates e até um livro, que leva o título "Cruzes Paulistas" e reúne os nomes dos aproximadamente 900 mortos na revolução.
De acordo com o diretor, o objetivo da exposição é mostrar ao público a importância da luta paulista, da qual Prudente participou ativamente. "Se você perguntar por ai, quem foi o tenente Nicolau Maffei, muitas pessoas não saberão responder. Com esta mostra, queremos mostrar para a população quem são essas pessoas e o que fizeram pela cidade e até mesmo pelo Estado", comenta.
Vieira ainda relata que o batalhão reuniu voluntários de todas as classes sociais. "Nomes como o do tenente Nicolau Maffei, tenente Cassimiro Dias de Almeida, major Felício Tarabay e Dr. José Foz ficaram gravados na história da revolução e também, na memória dos prudentinos, nomeando ruas e outros pontos da cidade", lembra.
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VISITAÇÃO
O museu estará aberto de terça-feira a sábado e as visitações poderão ser feitas das 8h às 17h. Aos domingos e feriados, das 12h às 17h. Outras informações pelo telefone 3223-9404.