Seja criança ou adulto, todo mundo já pensou um dia em se tornar um super-herói. O carnaval é uma das ocasiões no ano que dá a possibilidade de pelo menos se vestir como um. Na loja Moça de Família, em Presidente Prudente, as máscaras dos personagens das "comic books" (revistas em quadrinhos) da Marvel e DC são as mais procuradas por pessoas que desejam se fantasiar para a comemoração de uma das datas mais populares entre os brasileiros.
A proprietária do empreendimento, Vânia das Graças Rodrigues Crepaldi, aponta, no entanto, que as máscaras do Capitão América, Batman ou Homem-Aranha não são as únicas requisitadas, uma vez que s filmes de terror também têm vez. Entre elas, estão as famosas máscaras do Ghostface, célebre assassino da franquia iniciada na década de 90, Pânico; Jason Voorhees, da série Sexta-feira 13; e Jigsaw, de Jogos Mortais. Até mesmo o Darth Vader, de Guerra nas Estrelas, é bastante solicitado pela garotada.
Máscaras de filmes de terror também são populares
Vânia tem em sua loja cerca de 700 fantasias. Segundo ela, junto com o Halloween, este é o período do ano que mais movimenta o setor e, embora a procura esteja menor em relação ao ano passado, a expectativa é que o aluguel das roupas aumente em até 60%. O público mais esperado são as turmas escolares e pessoas que vão para acampamentos religiosos. "Há também aqueles que aproveitam que é carnaval e celebram o aniversário com uma festa à fantasia, então, é comum eu atender clientes procurando por uma roupa para esse tipo de festa", comenta. Questionada sobre as fantasias que mais saem, a proprietária fica em dúvida. "Alugam de tudo um pouco e nem as altas temperaturas interferem na escolha, pois há muitas meninas que optam por vestidos fechados e de mangas longas", afirma.
No Empório do 1,99, a atendente de caixa, Lucilene Galindo de Oliveira, expõe que as mais procuradas são as tradicionais máscaras de olho, utilizadas para comporem a fantasia. Ela destaca que, além desse tipo de acessório, também são buscadas perucas, sprays de cabelo, serpentinas e confetes. Apesar dos preços acessíveis, Lucilene relata que as vendas estão inferiores às do carnaval passado. "As pessoas estão querendo gastar menos. Mesmo assim, a expectativa é vender bem", denota.
Comércio parado
O carnaval não é uma data que traz grande movimento para as casas comerciais, com exceção das lojas especializadas, que são poucas em Prudente, ressalta o presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região), Vitalino Crellis. "Isso não quer dizer que estamos sendo pessimistas. Esperamos um aumento de 8% a 10% em relação aos dias normais. É um número pequeno, mas considerando que o município tem um baixo número de festas de carnaval, é válido", expõe.
A gerente da Patibum, Maria Aparecida Soares, afirma que, por ora, a procura pelo figurino do carnaval está parada, com uma queda de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Todavia, quem busca uma roupa nova para aproveitar a folia está atrás de shorts jeans curtos e blusas cropped com muitas estampas e cores. "Contudo, confesso que nosso estoque está despreparado, pois estamos liquidando a coleção anterior antes de adquirir novidades", comenta.
A gerente da Varvar Modas, Denise Damaris, 25 anos, também relata movimentação menor em comparação com o carnaval de 2016. "Está bastante parado. O pessoal está com um poder aquisitivo menor", considera. Entretanto, salienta que os produtos populares da época são os shorts jeans e vestidinhos coloridos.
