O mês de março é marcado por diversas campanhas voltadas à prevenção e promoção da saúde. Entre elas, o Março Azul-Marinho, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre o câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino.
A gastroenterologista Aline Menacho de Castilho, de Presidente Prudente, explica que o câncer colorretal é um tumor maligno que se desenvolve no cólon (intestino grosso) ou no reto. “Ele geralmente se origina a partir de pólipos intestinais, que podem sofrer alterações ao longo do tempo e se tornar cancerígenos. Esse tipo de câncer é um dos mais comuns no mundo e pode ser prevenido com a detecção precoce e a remoção de lesões pré-malignas”.
A médica explica que o câncer colorretal pode ser causado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Histórico familiar, idade avançada, dieta rica em carnes processadas e pobre em fibras, obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool estão entre os principais fatores de risco. Doenças inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn, também aumentam a probabilidade de desenvolvimento do câncer.
A colonoscopia é um dos principais exames de rastreio do câncer colorretal. De acordo com Aline, a colonoscopia é um exame endoscópico que permite a visualização direta do intestino grosso e do reto. “Ele é utilizado para rastreamento e diagnóstico de doenças intestinais, como pólipos, inflamações e câncer colorretal. Além disso, o exame possibilita a remoção de pólipos antes que eles se tornem malignos, contribuindo para a prevenção do câncer”.
A médica ressalta que qualquer pessoa pode demonstrar interesse em realizar a colonoscopia, especialmente se apresentar sintomas como sangue nas fezes, alterações persistentes no hábito intestinal, dor abdominal ou perda de peso inexplicável. “No entanto, a indicação formal do exame deve ser feita por um médico, que avaliará a necessidade com base nos fatores de risco e nas diretrizes médicas”.
O exame é recomendado, de forma geral, para pessoas a partir dos 45 anos, mesmo sem sintomas, como exame de rastreamento do câncer colorretal, em pessoas com histórico familiar da doença ou com fatores de risco. O exame também pode ser indicado mais cedo, conforme orientação médica.
Quando detectado precocemente, o câncer colorretal tem altas taxas de cura. “Nos estágios iniciais, ele pode ser tratado com cirurgia, muitas vezes sem a necessidade de quimioterapia ou radioterapia. Por isso, o rastreamento regular por meio da colonoscopia é essencial para a identificação precoce e o tratamento eficaz da doença”, reforça a médica.
Foto: Cedida
Médica gastroenterologista Aline Menacho de Castilho