Mais radares: reflexo de um trânsito imprudente

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 16/11/2023
Horário 05:18

Nos últimos anos, as vias urbanas têm testemunhado um aumento alarmante na falta de prudência e respeito às leis de trânsito por parte dos motoristas. O excesso de velocidade, em particular, tem se tornado uma ameaça crescente à segurança nas ruas e estradas, resultando em acidentes trágicos com vítimas e mortes. Neste contexto, a instalação de radares de controle de velocidade emerge como uma medida imperativa para mitigar esses riscos e promover um trânsito mais seguro.

Trata-se de uma medida adotada pela maioria dos municípios, e sabidamente muito contestada por parte da população, que enxerga tal iniciativa como algo aplicado simplesmente para “encher os cofres públicos”. No entanto, todos sabemos que somente com medidas punitivas, especialmente aquelas que mexem no bolsa das pessoas, é que os comportamentos são modificados. 

Como noticiado por O Imparcial, o engenheiro da Semob (Secretaria de Mobilidade e Cooperação em Segurança Pública) de Presidente Prudente, Ádriner Sanfelice, ressalta que "os radares de velocidade têm uma função muito importante, de auxílio à segurança pública e preservação da vida, e que os motoristas têm se adequado às regras de educação no trânsito, como mostram os números dos últimos meses".

Pois bem, entre janeiro e outubro de 2022, a Semob registrou 43.864 infrações. Já no mesmo período de 2023, foram 34.019. E a tendência é que os números continuem a cair. Como mostrado aos leitores, a Semob iniciou a instalação de seis novos radares de velocidade em Prudente, além do reposicionamento de outros nove dispositivos. Todos esses entrarão em operação a partir de 1º de janeiro de 2024. Segundo a pasta, trata-se de locais de grande fluxo, alguns com reincidência de acidentes de trânsito.

O ideal seria que todos fôssemos cidadãos conscientes de nossa responsabilidade, no entanto, ainda estamos muito longe disso. Infelizmente, ainda é uma utopia esperarmos que os motoristas trafeguem de maneira prudente e responsável, sem colocar a sua vida e a dos demais em risco. Desta forma, os radares de velocidade continuam com sua incumbência de inibir tais comportamentos tão nocivos, que, por muitas vezes, acabam em tragédias, mortes e famílias destroçadas.

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