Entre tantas transformações que a pandemia da Covid-19 trouxe para nosso cotidiano, uma delas, sem dúvidas, é a massificação das compras online. Uma tendência que já vinha em uma crescente expressiva, mas que deslanchou de vez com o isolamento social. Até mesmo quem não tinha o hábito de navegar pela internet em busca de novas aquisições, resolveu se render às facilidades das compras com um clique no computador ou celular.
Há quem diga que seja um caminho sem volta. A comodidade de poder comprar no conforto do lar, sem ser incomodado, sem se sentir envergonhado de buscar pelo menor preço, pela forma de pagamento que se encaixa melhor no seu orçamento, enfim, são inúmeras as vantagens. Claro que muitas pessoas não dispensam a experiência de ir presencialmente à loja, poder tocar e experimentar o produto – há espaço para todo mundo! Mas, enquanto os estabelecimentos estiveram fechados – a maioria pode reabrir no início desta semana, com as restrições impostas pela fase laranja do Plano São Paulo – não havia outra alternativa que não fosse as compras online.
Não é à toa que no primeiro semestre deste ano, a Fundação Procon-SP registrou 121.173 reclamações relacionadas às compras pela internet, um crescimento de 55% em comparação a todo o ano de 2019, que totalizou 78.419 demandas. As questões mais reclamadas são demora ou não entrega do produto, com 31.614 registros, seguidos por problemas com cobrança (10.559 reclamações).
Desta forma, é preciso ter cuidado e atenção ao optar pelas compras online. Sempre buscar por sites confiáveis, buscar em sites como “Reclame Aqui” se há reclamações de consumidores referentes à loja, desconfiar de produtos com preços muito abaixo dos praticados em outros estabelecimentos, enfim, pesquisar, verificar a idoneidade do site, buscar mais informações da loja em redes sociais – uma dica é checar os comentários de outros consumidores.
Obviamente a demanda das lojas virtuais aumentou por conta da pandemia, é preciso ter bom senso. No entanto, o consumidor jamais pode ser prejudicado pela situação. Os estabelecimentos precisam ter planejamento e estratégia para que consigam honrar com o prometido durante a relação de consumo. E, caso o cliente se sinta lesado, ele deve procurar por seus direitos!