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Da Redação
A Páscoa é um evento religioso que discute a importância de Jesus para a humanidade. Mas ao longo dos anos outra figura tomou conta da comemoração, o Coelho da Páscoa. Não se sabe ao certo suas origens, mas o animalzinho acabou popularizando a data, principalmente para as crianças. A psicóloga Leticia Silva Ferreira, 23 anos, explica que sempre existe a dúvida dos pais ou responsáveis em falar ou não a verdade sobre a existência do coelho da Páscoa, ou seja, até que ponto interferir no mundo da fantasia, mas orienta que a atividade é sim viável, pois ajuda no desenvolvimento da imaginação dos pequenos.
A psicóloga reforça que outro benefício é desenvolver na criança o controle de situações, regras e a ansiedade. “Exemplo, na brincadeira em que os pais falam - vamos esperar o coelho trazer o ovo de Páscoa, ou mesmo vamos esperar o papai Noel trazer o seu presente, poderá dessa forma perguntar – mas você foi obediente?” Assim, os pais podem ensinar através das brincadeiras, regras em que a criança tem que saber esperar, ter controle, pois não será tudo no seu momento, orienta.
O faz de conta
A psicóloga explica que o “faz de conta", principalmente na primeira infância é a forma que a criança vai encontrar de se expressar, de compreender e assimilar o que não é possível dizer em palavras. “É uma oportunidade de a criança desenvolver a sua empatia, o seu cognitivo e também suas relações pessoais. Nos meus atendimentos, eu busco trabalhar de forma lúdica para que ela possa expressar os sentimentos da melhor forma, porque mesmo não verbal a criança acaba expressando o que está sentindo ou mesmo acontecendo com ela.”
Em algumas famílias a tradição mágica da Páscoa é passada de geração em geração. A bancária e gerente de empresas, Aline Freitas Casadeli, 34 anos, mãe da pequena Liz de 2 anos e 9 meses, relata que a magia foi passada pelos seus pais quando criança e relembra com muita leveza e alegria desses momentos. “E por isso que agora que eu recrio com minha filha, para transmitir todo amor da ocasião”, conta.
Pela pouca idade da filha, Aline explica que tenta adaptar ao máximo a linguagem trabalhada no dia da Páscoa. “Considero bacana a maneira lúdica que a gente faz de montar as pegadinhas, colocar a cenourinha para o coelho vir buscar e mostrar a importância do momento. Isso dá uma alegria para criança, torna ela uma pessoa criativa e confiante”, expõe a mãe afirmando a importância de manter este tipo de tradição.