A banda paulistana de heavy metal Mad Old Lady apresenta pela América do Sul, seu mais recente trabalho intitulado "Power of Warrior". De acordo com o vocalista Eduardo Parras, 48, o álbum traz ao público que curte o gênero dez músicas, que não são poderosas, mas evidenciam o quanto seus integrantes são guerreiros e demonstram atitude ao buscarem seus espaços.
Parras ressalta que o lançamento deste álbum celebra a atual formação da banda. Ele tem ao seu lado o baterista Guga Bento; o baixista, produtor musical Fernando Giovannetti, que segundo ele, é um cara "excepcional, inteligente", que mudou muito a sonoridade da banda; o tecladista Rafael Agostino; e os guitarristas Tiago de Moura do Rio Grande do Sul, e o finlandês há tempos no Brasil, Timo Kaarkoski, "dono de um toque refinado".
O vocalista expõe que o disco é uma declaração de intenções de um grupo que vem para conquistar público. "Embora aqui no Brasil o heavy metal não tenha mercado, não venda, lá fora, apesar de também limitado, o cenário é melhor. Por isso investimos na produção e esperamos que a receptividade seja boa", salienta.
Peculiaridades
Parras explica que peças instrumentais se alternam entre faixas mais aceleradas e outras um pouco mais lentas, aquelas mais envolventes. E mesmo quando se dedicam a gravar uma balada, como a "My Heart", a figura heróica se sobressai.
Conforme ele, a música que dá nome ao álbum expõe feições de clássico instantâneo, linha melódica delicada acompanhada por alguns instantes uma bateria marcial, como um chamado de guerra, seguida por um coral suntuoso. Então as guitarras entram enfurecidas.
Ele diz que o tom épico está sempre presente, em canções com introduções que ganham os fãs de metal nos primeiros acordes. "Prison", por exemplo, começa aos poucos, com cada instrumento entrando como uma nova camada sonora, até formar um hino encorpado de metal.
Investimento
Uma das coisas importantes numa banda, para Parras, é buscar a evolução com qualidade e seus integrantes viram a necessidade de buscarem um produtor de nome, para se internacionalizar, chamar a atenção das gravadoras, onde o gênero tem maior aceitação.
E nessa busca de refinamento sonoro, foram até um dos mais importantes estúdios de gravação da Europa, o Jailhouse Studios, na cidade dinamarquesa de Horsens, comandado por Tommy Hansen. "Foi ele quem produziu os principais discos da banda alemã Helloween, inclusive, ‘Keeper of the Seven Keys’ , um verdadeiro tratado do power metal", enfatiza Parras.
O roqueiro fala que quiseram regravar com Hansen as faixas do disco anterior, "Viking Soul", usando toda sua experiência de produtor, e a tecnologia de seu estúdio. Que resultou no "Power of Warrior", com uma mistura de aparelhagem digital de primeira, gravações em disco rígido com o sistema Pro Tools HD3 Accel 96, com o bom e velho gravador de fita de rolo e 24 canais, equipamento segundo ele, consagrado há décadas pelas bandas que hoje são chamadas de classic rock.
"Gravamos durante 30 dias com Hansen e foi incrível. Ele que vem daquela velha guarda que passa a sonoridade perfeita dos anos 80. Ele preservou em seu estúdio aparelhos que nem se vende mais, como órgãos, guitarras. Além de ter equipamentos dos mais modernos do mundo", destaca Parras.
O vocalista ainda chama a atenção para a confecção da capa feita por Erick Filip, da Bélgica, responsável pela maioria das capas da banda Aerosmith, o que dá ainda mais credibilidade ao trabalho, em sua divulgação.