“Do Tupi, olhos d'água da mata. Marimbondo ou Terra Queimada. De Ouro Branco, sua origem retrata. A Nova Esperança d'Oeste semeada”, assim começa o que pode vir a ser o primeiro hino de Caiabu, composição criada pelo músico e jornalista machadense, Daniel Macedo, autodenominado Lorde Dannyelvis.
Ele possui em seu canal no YouTube cerca de 60 composições autorais que vão de marchinhas de carnaval a músicas românticas, do sertanejo raiz a canções religiosas, de sambas a músicas de “sofrência”, e, ultimamente, hinos. “Eu costumo dizer que fui batizado três vezes: pelo padre ainda bebê; musicalmente nos anos 70 pelo poeta Cesar Cava; e nos anos 80, na imprensa, pelo saudoso mestre Adelmo Vanalli no O Imparcial. Somando o curso de Direito na Toledo, aperfeiçoei meu dom musical, reforçado pelos estudos e pesquisas, daí a importância das composições, sobretudo, de hinos”, conta Daniel Macedo, que passou a se dedicar integralmente à música há duas décadas, em 2003.
Recentemente, após pesquisa sobre hinos, Daniel relata que descobriu que Caiabu não tinha um e resolveu compor a música para o município de pouco mais de 4 mil habitantes, que fica a aproximadamente 40 km (quilômetros) de Presidente Prudente.
“Com trabalho e fé integrada. Sob um céu de infinito azul. Por Santo Antônio, abençoada. Germinou, floresceu, Caiabu”, segue o hino do município que foi emancipado de Regente Feijó ao final de 1953.
O músico conta como se dá a composição das letras de hino e que, a partir da mesma receita, nasceu a canção sobre Caiabu: “Sem salada de chavões lacianos [sic], claro, usando requisitos específicos, como a origem da cidade, seu histórico, etimologia dos nomes, no Brasil, muito do tupi-guarani, seus pioneiros, o padroeiro e mínimos rebusques, sai a obra. Foi assim no hino de Caiabu, que até então, não tinha este símbolo cívico”, explica o músico.
“Sua história é um progresso brilhante. De um passado de lutas. O presente que ufano. Saga de pioneiros, Ferreira, Galindo e Cavalcanti. Marangoni, Itimura, Marini e Chico Baiano. Dentre outros heróis, Caiabu sempre avante. Um celeiro de glórias no oeste sorocabano”, continua a letra.
O músico diz que para compor o hino pesquisou pelos pioneiros de Caiabu, entre eles estão membros da família Marangoni, mesmo sobrenome do deputado federal Fernando Marangoni (União Brasil-SP), nascido em São Paulo, mas que tem laços em Caiabu.
Daniel entrou em contato com o parlamentar, que gostou da ideia e resolveu ser o mecenas da canção. “Achei oportuno, a família Marangoni, por ter um representante da cidade e região no congresso nacional. Entrei em contato com o deputado e ele resolveu bancar os custos do hino e doar para o município”, conta o músico.
“Caiabu, terra de amor. Fraternidade, fé e união. Ordem com labor e a paz de Deus, pulsando em nosso coração”, termina a canção do que pode ser o primeiro hino de Caiubu. Segundo a prefeita Suelen Mative (Republicanos), o município aguarda o recebimento do termo de doação do hino, que será posto em votação pelo legislativo da cidade.
O HINO NA ÍNTEGRA
“Do Tupi, olhos d'água da mata.
Marimbondo ou Terra Queimada.
De Ouro Branco, sua origem retrata.
A Nova Esperança d'Oeste semeada.
Com trabalho e fé integrada.
Sob um céu de infinito azul.
Por Santo Antônio, abençoada.
Germinou, floresceu, Caiabu.
Sua história é um progresso brilhante.
De um passado de lutas.
O presente que ufano.
Saga de pioneiros, Ferreira, Galindo e Cavalcanti.
Marangoni, Itimura, Marini e Chico Baiano.
Dentre outros heróis, Caiabu sempre avante.
Um celeiro de glórias no oeste sorocabano.
Caiabu, terra de amor.
Fraternidade, Fé e União.
Ordem com Labor e a Paz de Deus,
Pulsando em nosso coração”.