Luta contra o Aedes continua, mesmo no outono

EDITORIAL -

Data 29/04/2023
Horário 04:15

A febre aparece. A dor de cabeça e a dor no corpo surgem do nada. Em alguns casos, as manchas vermelhas são um dos primeiros sinais. A dengue não escolhe idade, cor e nem classe social. O diagnóstico assusta. A doença judia. Ainda que a maioria das pessoas tenha apenas sintomas leves, muitas têm sofrido sérias complicações. Sem atendimento rápido e especializado, pode evoluir para um quadro grave e causar até a morte. 
O tema tem sido assunto recorrente neste espaço. Não tem como fugir. As confirmações não param de chegar. Na quinta-feira, enquanto São Paulo anunciava a primeira morte por dengue de 2023 na cidade, Presidente Prudente confirmava mais quatro, totalizando 18 óbitos, apenas neste ano. Com mais 2.259 casos também divulgados anteontem, a capital do oeste paulista soma 13.287 diagnósticos positivos até então.
A situação preocupa. As autoridades têm corrido contra o tempo para tentar conter o avanço rápido da doença no município. Somente no último fim de semana, a Prefeitura recolheu na cidade 31 caminhões de materiais inservíveis, que poderiam se tornar possíveis criadouros do mosquito transmissor. As visitas às casas, com orientações aos moradores, continuam. E o pior é que as recusas também.
Apesar de 80% dos criadouros do Aedes aegypti estarem nas casas, muita gente ainda dificulta a entrada e o trabalho das equipes. Insistem em brincar com o perigo, achando que estão imunes.
Nem quem já pegou a doença esse ano pode relaxar. Conforme divulgado na edição de ontem, a SES-SP (Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo) confirmou que o DENV-2, um dos quatro sorotipos de vírus da dengue, está em circulação em Prudente. Estando a população exposta a sorotipos diferentes, os cidadãos ficam duplamente suscetíveis ao vírus. Ou seja, podem pegar a doença duas vezes, contrair a dengue tipo 1 e depois a tipo 2.
Com certeza prevenir é mais fácil do que tratar. As principais medidas de prevenção da dengue são: tampar a caixa d'água e lixeiras; colocar areia nos pratos de plantas; cobrir piscinas, tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários; virar garrafas e recipientes que acumulam água; trocar a água dos animais de estimação e lavar as vasilhas com regularidade; limpar os quintais; usar repelentes ao sair de casa; tampar ou cobrir todos os reservatórios de água.
Mesmo com dias mais frescos, os cuidados no outono devem continuar. E lembre-se: o maior e melhor remédio para combater a doença é a atitude de cada um!
 

Publicidade

Veja também