É ouro!!! Lucas Porto Rodrigues, o atleta orgulho do Parque dos Pinheiros, de Álvares Machado, trouxe para a sua coleção de medalhas mais uma douradinha e duas de prata! Jiujiteiro adulto azul pesadíssimo, encarou quatro categorias no Floripa Winter Internacional Open IBJJF 2022: categoria Gi, No-Gi, absoluto No-Gi e Gi, no domingo, em Florianópolis (SC). “Estou muito feliz com o desempenho que tive e agora é me preparar para o dia 25, no Brasileiro, no Ibirapuera em São Paulo”, adianta o atleta.
Segundo o atleta, no total foram nove lutas. Na categoria ele ficou com a prata que se deu da seguinte maneira: na primeira luta da categoria, seu adversário era muito forte e ele percebeu que precisava manter a calma, se aquecer e dar o seu melhor. Para isso esperou uma brecha, para conseguir manter seu jogo na calma e não se arriscar tanto. E assim ganhou na calmaria e levou o braço do oponente com uma chave de braço, uma americana. Na segunda, Lucas conta que “pegou um cara já mais experiente e com uma guarda muito forte”. “Um cara de 1,90 m, magro, gigantesco [risos]. Mas comecei a luta o derrubando, ganhei 2 pontos, ele foi me raspou, raspei ele, comecei então amassá-lo pra que se cansasse [risos]. Quando ele cansou, eu consegui espetar o joelho, passei a guarda, fui pra montada, peguei as costas e segurei até acabar a luta, pra polpar a força e aguentar o ar gelado”, conta.
Na terceira luta, na final da categoria, Lucas perdeu quando o adversário deu-lhe uma queda muito forte e o machadense foi de cabeça no tatame. “Mas sem desculpa, é trabalhar nos meus erros e acertos e colocar em prática”, frisa Lucas.
No absoluto, o jovem fez quatro lutas, sendo que na primeira pegou um adversário magrinho, categoria leve. Lucas quedou, pesou em cima dele (querendo ou não são 100 kg) e conseguiu finalizar numa chave de braço. Foi pra segunda luta, quartas de finais, um cara duro, um judoca dos bons que o arremessou pra cima, no que bateu no chão Lucas voltou firme, forte e atropelando seu oponente. Viu que não ia muito pra frente com esse atropelo, puxou seu adversário pra guarda (um jogo que Lucas não gosta de fazer), porém era preciso nessa luta. Conseguiu levantar, saiu por cima, ele cansou, quando foi tentar quedar o machadense de novo o jovem amassou o jogo dele, passou a guarda e manteve a calmaria. “Montei, peguei as costas, ele conseguiu sair pra guarda, nisso já tinha acabado o tempo, então eu venci por pontuação”, lembra.
“PENSA NUM CARA QUE EU ACHO QUE TINHA UNS 130 KG, FORTE, FORTE, MAS NÃO FOI TÃO DIFÍCIL COMO NAS OUTRAS LUTAS. E GANHEI O OURO”
Lucas Porto Rodrigues
Na semifinal, Lucas pegou um guardeiro muito experiente, muito bom no chão, “ele fez um jogo insuportável pra cima de mim [risos], conseguiu me raspar, raspei ele de volta [fizemos 2 a 2] passei três pontos dele, aí comecei desgastar e pensei: pô eu consigo render pelo menos uma posição de raspagem pra seis minutos e faltando 20 segundos ele me raspou, eu já morto, fiquei com 5 a 4 e ganhei na pontuação”, se alegra.
Na final, exausto de tanto fazer força com esse guardeiro, Lucas pegou outro cara muito bom e que só havia feito três lutas, então não conseguiu fazer muito bem seu jogo e terminou em segundo lugar.
Chegando na sequência, No Gi (sem quimono), Lucas que nunca competiu nessa categoria em competição grande, diz não ter experiência alguma nessa modalidade. Mas, fez novamente um jogo que não gosta, que é puxar pra guarda, o cara, um faixa preta de luta olímpica, deu um trabalho com queda, Lucas puxou pra guarda o raspando fazendo dois pontos, pegou a montada, as costas e finalizou num mata leão.
“Pensa num cara que eu acho que tinha uns 130 kg, forte, forte, mas não foi tão difícil como nas outras lutas. E ganhei o ouro. No absoluto No Gi, eu já estava morto, tinha perdido pra esse cara nas quartas de finais do absoluto, e ele foi o campeão absoluto No Gi. Foi top, certeza que ele só treina isso, porque é bom, um jogo de guarda muito forte, tacou o pé no meu rosto, me raspou duas vezes e me finalizou num mata leão”, explanou Lucas.