“Olha a cobra! É mentira... A ponte quebrou”, mesmo com essa música que embala gerações, neste ano, infelizmente, não será possível reunir os amigos e aproveitar uma das melhores épocas. Mas, as festividades de Santo Antônio, São João e São Pedro não passarão o período sem serem lembradas, isso porque com o retorno das atividades comerciais, em Presidente Prudente, as casas de fogos voltaram a atender seus clientes e estimam até uma estabilidade em vendas se comparado com anos anteriores.
Na Casa de Fogos São João, o proprietário Carlos Magno Rabelo destaca que, por mais que o cenário de pandemia tenha feito com que vários setores do comércio fechassem as portas e, consequentemente, a saída de produtos específicos tenha estagnado, com o retorno das atividades o setor poderá ter o mesmo faturamento do ano passado. No entanto, ressalta que ainda não é possível prever um percentual de vendas. “Mesmo com toda essa situação, as vendas continuam normais, haja vista que as tradições dos santos juninos também continuam. Claro que nesse ano será diferente, ou seja, será em família”.
No seu estabelecimento, o período junino tem como carro-chefe a venda de produtos e trajes infantis, diferente do dia 12 de outubro – Dia de Nossa Senhora Aparecida – quando os rojões caem no gosto dos religiosos, e dezembro, que conta com uma maior comercialização de fogos de artifício. Para tanto, destaca que o estoque de produtos juninos foi mantido para a época. “Estava tudo parado e estamos voltando aos poucos. Além disso, contamos com uma clientela ao longo dos anos”.
FOGOS E
ALEGRIA
A proprietária da Fogos e Alegria, Izabel Cristina Nunes, descreve que reabriu a loja em horário especial, conforme determinação das autoridades públicas, e já sente o movimento que costumava ser grande no mês de junho, se comparado com anos anteriores. Assim, acredita que a tradição de soltar fogos no mês de junho continuará, pois a procura só tem aumentado. “As festas juninas presenciais não irão acontecer, porém, é o mês de homenagear os santos e acredito que não irá passar em branco”.
Atualmente, as vendas dos meses de junho e julho, segundo Izabel, representam 30% do faturamento anual da loja, que, com o cancelamento das festas estará comprometido. “Este é um ano atípico para todo o varejo, a queda nas vendas é significativa e com certeza comprometerá o resultado anual. No entanto, sabemos que é um momento passageiro e, que, em breve, se Deus quiser, tudo voltará ao normal. O brasileiro gosta muito de festa e não haverá problema em comemorar com um certo atraso, inclusive, estamos com o estoque da loja abastecido para quando este momento acontecer”.
Já quanto às compras, a proprietária explica neste período os produtos mais procurados são traques, estalos, fósforos de cor e fogos com efeitos coloridos, especialmente os que podem ser manuseados por crianças. “Então, estamos abastecidos para atender nossa clientela e sabemos da necessidade de evitar aglomerações. Rezamos para que tudo isso passe logo”.
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