Quem passa pela Praça da Bandeira, onde se encontra o camelódromo, em Presidente Prudente, especialmente nas proximidades à passarela de travessia, próxima ao cruzamento entre as avenidas Brasil e Washington Luiz, se indigna com a quantidade de resíduos sólidos depositada irregularmente nesta área. Apesar dos responsáveis sem identificação, os munícipes relatam que este problema é crônico no local. De acordo com a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), o material será recolhido pela Prefeitura.
Como constatado pela reportagem na manhã de ontem, no centro da praça diferentes materiais contribuíam para o aspecto desagradável visualmente, como plásticos, galhos de árvores, materiais de marmitex, sacolas, papelão e até mesmo vestimentas.
Resíduos sólidos estão depositados na Praça da Bandeira, em PP, gerando reclamações
Além da sensação de abandono, uma outra característica deste espaço é o baixo fluxo de pedestres. Particularidade observada pela empresária Karla Costa de Souza, 34 anos, como um reflexo do "descuido". Segundo ela, que mora no bairro vizinho à dimensão citada, a população deixou de utilizar o local "há muitos anos". Karla associa a presença constante de lixo e pessoas em situação de rua, como a responsável pela situação. "Ficaria mais perto da minha casa se eu passasse por aí, porém, prefiro vir por outro caminho", relata.
Para o aposentado Irinaldo Alves dos Santos, 63 anos, a situação é constante e propícia à insegurança, visto que a junção desses materiais com a prevalência da dengue no município "assustam". Conforme ele, por ser um espaço público deveria ser mais preservado pela administração municipal, no entanto, atualmente "não é o que ocorre".
"É uma das praças mais importantes de Prudente. Não deveria estar desta forma". O depoimento do segurança José Reinando Vieira, 45 anos, representa sua indignação com a aparência da localidade. "Isto empobrece a cidade, especialmente diante daqueles que vêm de fora", observa. José ainda menciona que a população fica "refém" da situação, considerando que a repetição deste episódio é um tema frequente de discussão.
Resposta
De acordo com o titular da Secom, Marcos Tadeu Cavalcante Pereira, este lixo é jogado por populares que frequentam aquela região. Quanto aos moradores de rua, a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) faz um trabalho conjunto com outros setores da sociedade no convencimento de tirá-los daquele lugar e instalá-los no albergue ou removê-los até suas cidades de origem. "Mas não pode tirá-los obrigatoriamente ou a força, pois é inconstitucional, transgredindo o direito de ir e vir", acrescenta.