Lixo contaminado preocupa moradores do Carandá

PRUDENTE - Victor Rodrigues

Data 07/07/2015
Horário 11:03
 

Alguns sacos de lixos contaminados foram descartados na calçada da Horta Municipal, na Rua Antônio Sanches, Jardim Carandá, em Presidente Prudente. Trata-se de sacos usados em hospitais. A presença do lixo deixou a vizinhança incomodada. Segundo Patrícia Fernandes, 37, esteticista, residente de um imóvel em frente ao local onde foi descartada a sacola, o lixo está ali desde a semana passada. "Estranhamos bastante. As pessoas de casa e eu ficamos com receio de conferir", comenta.

De acordo com Fernandes, aquele trecho é alvo constante de descarte de lixo, porque a calçada é de terra, há mato e tem "aspecto de abandono". "Como esta parte tem pouco movimento e tem esta área de terra, a população vem até aqui jogar lixo", relata.

No saco havia uma pequena bolsa com  medicamentos, sabonete, alimentos e roupas. Além deste ponto, a reportagem flagrou mais três sacos iguais espalhados pelo bairro. Questionada sobre o caso, a Prudenco (Companhia Prudentina de Desenvolvimento) informa que foi acionada e recolheu o lixo durante à tarde de ontem. Mas a Assessoria de Imprensa da empresa afirma que o contrato firmado com a Prefeitura de Presidente Prudente não inclui o recolhimento de lixo infectado. "Este serviço é feito por uma empresa especializada", comunica.

Lixos hospitalares, de clinicas médicas, veterinárias, dentistas, entre outras que produzem material infectado devem ser feitas por empresas especializadas. No caso de flagrante irregular, a Vigilância Sanitária Municipal deve ser acionada para realizar o serviço. O mesmo é válido para medicamentos.

Segundo a coordenadora da Vigilância Sanitária de Presidente Prudente, Valéria Monteiro Vendramel, o fato é curioso. "Este tipo de sacola não é de fácil acesso e nem é comercializado em qualquer lugar", comenta.  Ela explica que a coleta deste tipo de material é feito periodicamente por uma empresa que atua na cidade. Além disso, a forma em que o lixo é disposto para a coleta atende uma série medidas de segurança.

Já no caso de pessoas que fazem tratamento em casa e o volume produzido é baixo, o lixo deve ser reservado e levado a uma unidade de saúde mais próxima de casa. "De lá é descartado com o material deles. No caso de atendimento por empresas home care, elas devem dar o destino correto", esclarece.

 

Reclamação antiga

O problema com o lixo, segundo os moradores daquele trecho do Jardim Carandá, é antigo. Os vizinhos da Horta Municipal pediram à prefeitura para fazer o calçamento do local, mas, até o momento, nada foi feito. "A administração municipal exige o calçamento adequado dos proprietários de terrenos, mas não faz o devido calçamento em sua propriedade", diz Fernandes. A reportagem procurou a prefeitura para esclarecer o assunto, por meio da Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), mas até o fechamento desta edição, não houve resposta.
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