Quantas vítimas mais serão necessárias para que as pessoas se conscientizem de vez sobre os riscos do uso do cerol nas linhas de pipa? Mais uma vez, este diário noticia um caso de acidente grave decorrente dessa “brincadeira” extremamente perigosa e de alta letalidade. Desta vez, um jovem de 18 anos teve o pescoço cortado com linha de cerol, enquanto dirigia sua moto no último domingo, pelo Residencial Cremonezi, em Presidente Prudente.
Felizmente, seu quadro de saúde é considerável estável, conforme informações do HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo. Nas redes sociais, a movimentação é grande acerca de pedidos para doações de qualquer tipo de sangue para atender o jovem. Pouco tempo antes, em julho, O Imparcial noticiou a respeito de um menino de 10 anos que teve corte profundo após ser ferido por linha de cerol enquanto andava de bicicleta no Jardim Santa Helena, em Santo Anastácio.
O cerol é uma mistura de vidro moído e cola que é usada para cortar as linhas de outras pipas. Isso pode resultar em cortes profundos e graves em quem entra em contato com a linha. Ela pode se estender pela via e se tornar quase invisível para motociclistas e ciclistas, que, como mostrado nos dois casos, podem se ferir gravemente, ou até mesmo irem a óbito.
A Lei nº 17.201, promulgada pelo então governador do Estado de São Paulo, João Doria (ex-PSDB e atualmente sem parido) proíbe o uso, posse, fabricação e comercialização de linhas cortantes compostas de vidro moído conhecido como cerol, bem como outras substâncias cortantes usadas em linhas para soltar pipas, como a linha chilena e indonésia. Mais uma vez, a conscientização é a palavra de ordem para que mais tragédias sejam evitadas.