Todos nós já fizemos uma refeição num restaurante com bufê de carnes, saladas, guarnições e sobremesas. No intuito de comer com moderação, há sempre dúvida sobre o que escolher nas diferentes seções. Mas a dúvida realmente cruel acontece no momento da sobremesa. Você ali, diante de quatro ou cinco opções de frutas coloridas, maduras, suculentas, doces, saudáveis e muito convidativas. Mas, ao lado, logo ali ao seu alcance, estão as “tentações”. Sim os doces, também coloridos, mais açucarados e irresistíveis. Dilema cruel.
Frutas fazem bem!
Os benefícios das frutas são inequívocos, por isso devemos consumi-las diariamente junto, após (uma sobremesa suculenta!) e entre as refeições. A recomendação é de 3 a 5 porções por dia, que equivalem a unidades das frutas médias (ex. maçã, banana), xícaras de frutas pequenas (ex. uvas, amora) ou fatias de frutas grandes (ex. abacaxi, melão).
Excepcionalmente...
Obviamente, as frutas oleaginosas (castanhas, amêndoas etc) e as frutas secas (e açucaradas) devem ser consumidas com moderação, pois têm elevado valor energético. Há também casos individuais de limitações. Mas, em tempos de lactose e glúten free, há o mito da frutose. Sim, frutas em geral são ricas em frutose. Mas, não, frutas não causam fígado gorduroso e as frutas cítricas (ácidas) não causam acidez em seu corpo, como supostos especialistas divulgam na internet.
Doce faz mal?
O excesso faz mal, sendo ainda pior quando a carga de açúcar está associada com uma carga de gordura saturada ou trans (bolos, sorvetes, bombas, glacê etc) e o consumo é frequente.
Leite condensado (LC)
Quem não gosta deste leite “concentrado em açúcar e gordura”, muito palatável puro ou como ingrediente de qualquer doce? O fato é que doces com a combinação açúcar+gordura, consumidos com frequência, desregulam o sistema nervoso (núcleos da fome/saciedade) e provocam sobrepeso e obesidade, em curto e médio prazo.
Pesquisadora prudentina
Laureane Masi, em seu doutorado na USP, estudou o LC e demonstrou como esse alimento e outros semelhantes podem ser prejudiciais. No estudo, os efeitos observados foram aumento do peso (40%), resistência à insulina (diabetes), dislipidemia, fígado gorduroso e aumento do estado de inflamação, após apenas dois meses de consumo diário (http://bit.ly/2LCD3).