A Justiça revogou, na última sexta-feira, o mandado de prisão expedido contra Elisângela Silva Paião. A mulher de 47 anos é, segundo a Polícia Civil, a principal suspeita de arquitetar a morte do esposo, o fazendeiro Airton Braz Paião, de 55 anos, assassinado a tiros, no dia 24 de setembro, pelo policial militar Marcos Francisco do Nascimento, de 30 anos, que se suicidou após cometer o homicídio.
A defesa de Elisângela conseguiu liminar de habeas corpus junto ao TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Conforme matéria do portal UOL, o advogado de defesa, Jair Vicente da Silva Junior, relatou que o Tribunal acatou o argumento da defesa de ausência de requisitos legais para a prisão, pois não haveria indícios suficientes de eventual participação dela no crime.
Até então, Elisângela era considerada foragida pela Polícia Civil de Iepê. No entanto, a defesa alega que ela já havia se colocado à disposição da Justiça.
No dia em que o mandado de prisão contra Elisângela foi expedido, o delegado Henrique Gasques relatou que o fato da mulher não ter comparecido ao velório do marido chamou a atenção da polícia para o possível envolvimento dela com o homicídio e também com a emboscada sofrida por Airton, em Iepê, três dias antes do homicídio na Santa Casa de Presidente Prudente.
Naquela ocasião, em Iepê, o fazendeiro Airton Braz Paião foi atraído até um canavial, após troca de mensagens com um perfil feminino em um aplicativo de mensagens. No local, o fazendeiro foi surpreendido por dois homens encapuzados e atingido com quatro tiros na cabeça e uma facada nas costas.
Ele foi encaminhado para a Santa Casa de Presidente Prudente, onde passou por intervenção cirúrgica e sobreviveu. No sábado, 24 de setembro, um dos responsáveis pelo atentado, o policial militar Marcos Francisco do Nascimento, de 30 anos, foi até a unidade hospitalar, entrou no quarto onde Airton estava internado, pediu para a irmã da vítima deixá-los a sós e matou o fazendeiro a tiros. Na sequência, Marcos suicidou-se com um disparo na cabeça.
Na segunda-feira, 26 de setembro, um homem de 47 anos foi preso temporariamente pela Polícia Civil de Iepê por suposto envolvimento na tentativa de atentado ao fazendeiro em Iepê. Naquela ocasião, a polícia também passou a especular que Elisângela teria um relacionamento extraconjugal com o policial militar que atirou e matou o fazendeiro.
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