O Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo absolveu o cabo da Polícia Militar acusado de homicídio culposo pela morte da atriz Luana Barbosa, 25, em junho do ano passado. Em sua sentença, ao julgar improcedente a ação penal em face do militar, o juiz Álvaro Machado Marques entendeu que a culpa do réu "não foi suficientemente comprovada". O advogado Rodrigo Lemos Arteiro, assistente da acusação, informa que recorrerá da decisão do magistrado.
Como publicado em
O Imparcial, Barbosa morreu após ser atingida por um tiro disparado pelo policial, que atuava em uma operação chamada Cavalo de Aço, na Avenida Joaquim Constantino, na Vila Formosa, em Presidente Prudente. A vítima estava na garupa da motocicleta de seu companheiro, que não parou o veículo ao sinal do PM. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu. O autor do disparo foi autuado em flagrante e conduzido ao presídio militar Romão Gomes, em São Paulo, no entanto, dias depois conquistou o direito de responder ao processo em liberdade. Uma das versões contadas no dia da reconstituição do crime era a de que a arma teria disparado sozinha.
O ocorrido foi analisado pelo magistrado em detalhes. Em sua análise, ele descreve a cena do crime, citando as irregularidades cometidas tanto pelo policial que, segundo ele, não deveria ter retirado a arma do coldre, bem como do condutor da moto, que teria quase atropelado o militar. Entre outros documentos que subsidiaram sua decisão, o juiz lançou mão dos boletins de ocorrência lavrados em razão do fato, e de laudos de exames periciais.
