Júri na prática estudantil

OPINIÃO - Isabela Mendez Berni

Data 01/11/2024
Horário 05:00

Desde o primeiro contato com a faculdade, surge aquela dúvida: “O que eu vou ser?”. Esta questão em muito se assemelha à pergunta feita no primeiro dia de aula do ensino infantil: “O que você vai ser quando crescer?”.
Assim como o amadurecimento molda a resposta à segunda pergunta, como, por exemplo, o sonho de cursar um determinado curso, o mesmo ocorre com as experiências, como a visita a espaços profissionais que a carreira jurídica pode proporcionar, construindo alicerces para a resposta à tão temida pergunta.
Não é diferente quando se trata de assistir a uma sessão do Plenário do Tribunal do Júri, na verdade, é possível dizer que naquele pequeno período é possível extrair, ao menos seis funções que dizem respeito à realização e administração da Justiça.
Na Tribuna, encontra-se o Magistrado, o advogado ou defensor público do acusado, o advogado da vítima enquanto assistente de acusação, o Ministério Público, oficiais de Justiça, assessores e outros serventuários da Justiça. Por vezes, é estabelecido contato, também, com agentes da segurança pública, como delegados, investigadores, policiais militares e escrivães.
Trata-se, desta maneira, de uma experiência rica, que deveria ser nutrida por todos que integram a sociedade, sobretudo, pelos alunos que cursam Direito, desde o primeiro ao décimo termo da graduação. Para o aluno recém-ingresso, com o brilho nos olhos, poderá conhecer, antes mesmo de estudar academicamente, o Direito Penal, Direito Processual Penal e Direito Constitucional, tendo uma base para o aprendizado destas matérias ao desfrutar nos bancos da graduação. E, para aquele aluno que já está no décimo termo do curso, porque já nutrido do saber teórico, irá encarar a prática e suas peculiaridades.
O denominador em comum, de todos os estudantes e profissionais é que toda primeira experiência será única em si. Acrescida, por óbvio, das seguidas, que virão como forma de complementar àquele ser humano como pessoa em si mesma, ser social e profissional, porque o contato com as diferentes realidades é aquele que constrói a sociedade.
 

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