Normalmente quando se pensa em junho a primeira coisa que vem à mente é festa junina. O mês dá início a uma série de festividades que se estendem até julho. Entre uma data e outra dos santos comemorados, o comércio prudentino de artigos festivos já está aquecido. O Imparcial ouviu três casas de fogos na cidade para saber como está a procura pelos produtos e escutou compradores sobre a importância de preservar a cultura da tradicional festa.
O primeiro santo junino comemorado é o Santo Antônio, no dia 13. Segundo Cristiane Bertasso, proprietária da loja Fogos e Cia, a primeira festa resultou em aumento de 15% nas vendas do estabelecimento. A expectativa é que até o fim de julho e com o São João – santo mais comemorado na região, no dia 24 – o índice de majoração atinja os 30%, ao se comparar com o mesmo período do ano passado. “A Copa também ajuda, então, esperamos um aumento neste ano, especialmente por causa das duas comemorações”, frisa.
Já a Casa de Fogos São João tem esperanças de que as vendas sejam iguais ou superiores às do ano passado, relata o proprietário Carlos Magno Rabello. “No geral, deu uma melhorada. As vendas de festa junina estão normais, mas a expectativa é que aumente devido à Copa, por isso esperamos que o Brasil comece a jogar melhor”, pontua.
Na mesma avenida – Manoel Goulart – a loja Fogos e Alegria teve que quadruplicar o quadro de funcionários por causa da demanda das festas. “Agora estamos com seis funcionários. O movimento neste ano está bem aquecido e já tivemos um aumento de 20% em relação ao ano passado”, revela a proprietária Izabel Cristina Nunes. Por esse motivo, ela conta que o estabelecimento está fazendo uma programação especial de horários de funcionamento. As vendas irão ocorrer aos sábados, domingos e feriados até o fim de julho.
Mais comprados
Quando questionados sobre os produtos que mais vendem nesta época do ano, a resposta foi unânime: traques, estalos e bombinhas, os chamados “fogos infantis”. Ao que parece, o principal público são as crianças e, para sustentar essas compras, os pais e responsáveis devem desembolsar entre R$ 2 a R$ 12, que é a média de valores das miudezas. Logo atrás, no ranking de vendas estão os foguetes, rojões e fogos de artifícios. Segundo Carlos, em sua loja estes produtos têm uma variação de preço de R$ 20 a R$ 27.
Prontos para festa
Fazendo jus à alta procura por estalinhos e mantendo uma tradição de 34 anos, o prudentino Jorge Paulo Mendonça esteve logo pela manhã fazendo algumas compras juninas para os filhos. Segundo ele, a meta é fazer com que os pequenos Naielle e Enzo Manoel, de 8 e 4 anos, não se esqueçam das típicas comemorações de junho. “Sempre passamos em família. Quero manter esse hábito na vida deles, sempre tive isso desde que nasci”, ressalta.
Enquanto isso, Paulo Roberto dos Santos e Silvia Cristina dos Santos foram pela primeira vez em busca de artigos juninos. De acordo com Silvia, o casal sempre dá festas na chácara da família nesta época e agora teve a ideia de colocar fogos de artifícios para inovar. Ela revela que os preparativos estão a todo vapor, com a produção de enfeites e bandeirinhas. “Gostamos muito de reunir os amigos, é importante manter a tradição das festas juninas para não deixar nossa cultura morrer”, considera.
SAIBA MAIS
Miudezas como estalinhos, bombinhas e traques variam entre R$ 2 e R$ 12, a depender do estilo do produto. Rojões, fogos de artifício e foguetes variam entre R$ 20 e R$ 40. Além disso, shows pirotécnicos podem custar de R$ 3 a R$ 4 mil.