Juiz defende "vivência” para magistratura

VARIEDADES - Oslaine Silva

Data 04/08/2016
Horário 10:56
 

A experiência de vida e profissional é grande. Helio Martinez entrou para a magistratura em 1980, atuando em Martinópolis, Presidente Bernardes, Santo Anastácio e São Paulo destaca que sempre foi contra um jovem de 23 anos poder ingressar na magistratura. Para ele, é preciso ter no mínimo 40 anos, porque como é que se julga o ser humano sem ter experiência do que não se viveu? Dos problemas que desconhece?

O professor que lecionou Direito e Processo Civil, nas Faculdades Integradas Antonio Eufrásio de Toledo, por 13 anos, salienta que para tal é necessário responsabilidade. "Julgar processos de Direito de Família, crianças envolvidas. Decretar falência de uma empresa, etc., isso é sério. E esses jovens que estão se formando sabem o que está nos livros, mas não tem vivência para julgar. E nem sempre o que está nos livros é o justo. Para ser justo tem que ter experiência de vida!", exclama o juiz aposentado.

Helio comenta que era para ser presidente do Tribunal de Justiça se contar que trabalha desde os 10 anos de idade, quando ainda usava calças curtas. Mas, precisou parar, por conta de problemas cardíacos na época em que lançou ‘Fragmentos de Sensibilidade.

"Estou com 76 anos, só de fórum tenho 66. Fui oficial maior de cartório. Com cinco anos de magistratura já era juiz titular em Prudente. O médico foi enfático: ‘ou você para de trabalhar, ou morre em cima da mesa de trabalho’. Me aposentei e hoje advogo com mais seis profissionais, inclusive meu filho que foi meu aluno. O importante é não parar. Gosto do que faço e não suporto ficar parado", destaca Helio.

 
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