Ele representou todo o oeste paulista na 20ª Semana promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações em Brasília (DF) onde recebeu, no dia 20 de outubro, a medalha de prata na edição agosto/setembro do Caça Asteroides. Estamos falando do Miguel Rosa dos Santos, de 8 anos, que mora com a família em Mirante do Paranapanema e visitou a FCT Unesp antes de viajar para a capital federal.
Miguel é apaixonado por ciência, física e tecnologia e possui altas habilidades. Antes de receber o prêmio do governo federal, por ter detectado 44 asteroides, foi reconhecimento pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica e pela Nasa.
Acompanhado da mãe, Josiane Luzia Mendonça dos Santos, esteve no campus da Unesp de Presidente Prudente para receber o troféu de honra ao mérito das mãos da diretora da FCT, Profa. Dra. Cristina Baron, e para apresentar seus robôs ao Prof. Dr. Angel Pena, supervisor do Centro de Ciências, que é físico e tem experiência em orientar jovens superdotados.
A visita seguiu pelos laboratórios de Pesquisa em Materiais, passando pelo Laboratório de Fotogrametria Digital, com a recepção da Profa. Dra. Tayná Gouveia e do Prof. Dr. Antônio Tommaselli. O objetivo do laboratório é a realização de aulas práticas de Fotogrametria e Sensoriamento Remoto para o curso de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura e para pesquisas nas áreas, com monitores para visualização 3D. Por fim, Miguel também passou pelo Laboratório de Caracterização e Gestão de Resíduos Sólidos.
Essa foi uma forma de incentivar o jovem cientista, mostrando a estrutura da universidade e oferecendo apoio em seus estudos. “Estude! O estudo ninguém te tira”, aconselhou Miguel ao dar entrevista e ser observado por estudantes de graduação e pós-graduação.
Desde os 4 anos, Miguel cria robôs, circuitos elétricos e brinquedos movidos a energia solar e a bateria. “É satisfatório montar, gosto de construir coisas”, comenta. Diagnosticado com autismo e TDAH, quando mais novo, descobriu um problema cardíaco, e na tentativa de encontrar um hobby que não exigisse esforço físico, Miguel começou montando blocos e quebra-cabeças e o interesse foi se expandindo. “Sou muito fã de ciência, tenho um minilaboratório em casa”.
A mãe, que é professora, buscou se especializar no assunto, para que a família possa ajudá-lo a alcançar seus objetivos. Hoje, Miguel afirma querer ser engenheiro aeroespacial. “Ele é o nosso foguetinho, alavancou e não para mais”, brinca Josiane.