José Rainha Junior e Luciano de Lima, que lideram a FNL (Frente Nacional de Luta Campo e Cidade), participaram de audiência de custódia neste domingo e seguem presos no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Caiuá. Eles foram detidos neste sábado, na região do Pontal do Paranapanema, sob suspeita de extorquir fazendeiros.
“As operações visam à apuração do ciclo de violência decorrentes de extorsões e dos disparos de arma de fogo, incluindo fuzil, o que colocou em risco número indeterminado de pessoas”, afirmou a Polícia Civil em nota.
O secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, se manifestou em uma rede social. “José Rainha Junior e Luciano de Lima, líderes da FNL, foram presos pela nossa Polícia Civil. Parabenizo os policiais envolvidos nessa missão, que contam também com o apoio da Polícia Militar para garantir a segurança em nosso Estado.”
Em nota, a FNL pediu a liberdade de seus dirigentes ao atribuir as detenções a “cunho político” com “nítida relação com a jornada de ‘ocupações’ do Carnaval Vermelho, sendo um ato de retaliação aos lutadores do povo sem-terra”.
A nota da Polícia Civil negou a acusação ao afirmar que as detenções “em nada se confundem com os atos decorrentes do Carnaval de 2023, quando um grupo invadiu nove propriedades rurais”.
“A FNL ganhou força nos últimos anos ao realizar jornadas de luta no carnaval”, diz o movimento. “O objetivo do Carnaval Vermelho ao trazer para a discussão a contradição de sermos um dos países que mais produzem alimentos no mundo, porém, temos mais de 125 milhões de brasileiros com alguma insegurança alimentar. Exigimos a liberdade imediata dos nossos companheiros, que têm o direito garantido pelo Estado Democrático de Direito de responder a qualquer acusação em liberdade”, diz.
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