Um homem independente, honesto, direito, amoroso com a família, filhos, netos e bisnetos. Morreu ontem, em Presidente Prudente, José Flávio Pinto, aos 92 anos. Ele que foi diretor da Escola Municipal Doutor João Franco de Godoy, a Navio; e da Etec (Escola Técnica Estadual) Professor Adolpho Arruda Mello será sempre lembrado como um herói. Deixa um legado de muito amor e saudade.
Filho de Elpidio Pinto e Ana Fernandes Cunha Pinto (in memoriam), nasceu em 5 de outubro de 1930, foi esposo de Shihoco Nishihara Pinto e pai de José Maurício, Mariluci, José Luís e Ana Maria (in memoriam). O corpo foi sepultado hoje, às 16h, no Cemitério Municipal São João Batista. Em nome da família, um cerimonialista da Interplan, homenageou o ex-professor e agradeceu a todos que deixaram seus afazeres e de braços abertos, emprestaram um ombro amigo à família enlutada neste momento tão difícil.
Segundo suas palavras ele destacou que o senhor José Flávio entrou para a vida daqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo e o ajudaram a escrever uma história de 92 anos de vida.
Entre os tesouros que ele conquistou na vida, o mais especial era a esposa e companheira, com quem teve uma união de amor e dedicação durante 67 anos. E desse amor ganharam frutos, verdadeiras pedras preciosas, os filhos, além dos netos João Flávio, Camila, Mário Henrique, Juliana, Gabriela. E os bisnetos Nicolas, Laura, Ana Helena
José Flávio gostava de ir ao sítio, de esportes e também de jogar xadrez e dama. E um momento de descontração brincava com sua nora Mara, dizendo: “você é minha norinha preferida”. E com suas palavras pedia para escrever em seu túmulo: “Fui, mas não queria ir”.
MOMENTO DE FÉ
Conforme o cerimonialista, um dos momentos mais importantes da sua vida foi quando fez a compra de seu sítio, pois ali se realizava um sonho. Assim como fora o nascimento dos filhos, netos e bisnetos.
Pedindo para que elevassem seus pensamentos a Deus e ao senhor José Flavio o cerimonialista ressaltou que ele deixa acreditando na magnífica promessa feita por Jesus, e contida em João (14, 1 e 2 ) onde ele diz: “Não fiquem aflitos. Creiam em Deus e creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas e eu vou preparar um lugar para vocês. E Deus disse em Eclesiastes (3,1 e 2) “Tudo neste mundo tem o seu tempo: Cada coisa tem sua ocasião. Há tempos de nascer e tempos de morrer. Tempo de plantar e tempo de colher”.
“Mas se cremos em Cristo com muita fé, vamos nos alegrar, pois sabemos que o Sr. José Flávio está na glória do Pai, livre de todos os pecados, na esperança da ressurreição, assim como disse nosso Cristo Salvador”, salientou o cerimonialista pedindo que em agradecimento pelos momentos vividos com ele rezassem a oração que Jesus nos ensinou: Pai nosso e uma Ave Maria.
TRANSFORMOU A SUA ESTRELA NO SOL
Tem um poema de Helena Kolody que diz o seguinte: “Quando nascemos Deus nos dá uma estrela, uns fazem da sua estrela o sol, outros passam e não consegue ver”. E frisou que o senhor José Flávio transformou a sua estrela no sol. Que brilhou, aqueceu, iluminou a cada um daqueles que ao seu lado estavam e o ajudaram a escrever a sua história de vida.
E perguntou se em dias nublados, por acaso o sol deixa de existir, deixa de brilhar, deixa de aquecer. E respondeu que com certeza não. Ele só está longe dos nossos olhos, está encoberto pelas nuvens.
Assim é com nosso querido José Flávio. Ele vai está longe dos nossos olhos, do nosso abraço, do aperto de mão, do beijo no rosto. Mas permanece o mesmo que foi e é no coração de cada um daqueles que com ele viveram e compartilharam da sua história de vida.