Jogos Olímpicos de Tóquio causam comoção

Três personagens relatam os múltiplos sentimentos que as Olimpíadas provocam e como têm lhes tirado o sono, de forma prazerosa 

Esportes - OSLAINE SILVA

Data 01/08/2021
Horário 04:30
Ailton e sua família, Célia, Gabriel, Rafael e Lucas assistindo uma das lutas do judô na quarta-feira
Ailton e sua família, Célia, Gabriel, Rafael e Lucas assistindo uma das lutas do judô na quarta-feira

É incrivelmente maravilhoso os múltiplos sentimentos que os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 estão despertando nas pessoas nos últimos dias. Não apenas de patriotismo, mas de esperança, de confiança, de alegria! Pelas redes sociais é possível ver as manifestações das pessoas que passaram a comentar em peso o desempenho dos atletas brasileiros e dos outros países também. Muitos que nem acompanham os esportes começaram a se interessar pelas modalidades, conhecer os brasileiros que as praticam e torcer por eles. A comoção causada pelo evento tem tomado conta até mesmo de profissionais que muitas vezes são “impedidos” de demonstrarem sentimentos: os jornalistas, repórteres! 
A reportagem conversou com três personagens distintos que estão acompanhando diariamente as Olimpíadas de Tóquio e que compartilham todos das mesmas emoções!
Desde que o evento esportivo começou lá do outro lado do mundo, na casa do morador de Álvares Machado, o judoca faixa marrom da Associação Fênix de Judô, Ailton Rodrigues, o Ailton Bitú, pai do jiujiteiro e também judoca Lucas Porto Rodrigues, a família está indo dormir por volta das 2h da manhã. “A Célia [esposa] e os gêmeos Gabriel e Rafael vão um pouco antes, mas eu e o Lucas ficamos, geralmente até ver a segunda rodada das lutas do judô quando tem brasileiro participado. Nos dois dias do skate ficamos torcendo pelo Kelvin e depois para as brasileiras principalmente para a Fadinha Rayssa... E no outro dia ficamos com o surfe com o Medina e o Ítalo Ferreira, por exemplo”, expõe Ailton.
Para Ailton, muitas pessoas começam a se interessar mais pelos outros esportes porque a mídia televisiva passa a mostra-los mais. “Porque geralmente as TVs falam mais do futebol. Falta no Brasil investir mais nas outras modalidades de esportes também. Para a maioria dos atletas brasileiros que praticam outras modalidades se manter no topo precisam treinar em outros países, geralmente nos Estados Unidos. A maioria dos atletas brasileiros olímpicos moram fora do país”, lamenta o judoca.

 

Esporte é inspiração
O paginador Reinaldo Bezerra da Silva, 40, que sempre gostou de acompanhar as olimpíadas principalmente a que ocorreu no Brasil, também vem assistindo o máximo que pode sempre junto com os filhos Renan, 14, e Samuel, 8. Principalmente as modalidades que mais gosta que é o futebol, automobilismo e o basquete. 
“Como eu já tenho o hábito de dormir tarde estou aproveitando para acompanhar algumas competições, e as que me chamaram bastante a atenção foram as de skate, até porque foi a que o Brasil se deu melhor. Foi demais ver a Rayssa Leal, uma menina de 13 anos realizando um sonho de disputar uma Olimpíada, e entrando para a história como a atleta mais nova a conquistar uma medalha olímpica, pelo Brasil. O surfe também surpreendeu com o Italo Ferreira", destaca Reinaldo. 
Ele acredita que as pessoas param com o esporte, em especial aqui falando de uma olimpíada, primeiramente pelo patriotismo, segundo pelo esforço, superação e até pela história de vida dos atletas. “Isso me inspira a ser uma pessoa melhor e lutar pelos meus sonhos superando limites”, enfatiza Reinaldo.

 

Fadinha ganhou o 
Brasil de Norte a Sul

De Presidente Bernardes, morando há 20 anos em Campo Grande (MS), Sandra Maria Silva, 45, é uma apaixonada desde sempre por esportes em especial voleibol, basquete, MMA e futebol. E sempre, sempre acompanha as Olimpíadas. Nesta, ela tem assistido sempre acompanhada da filha Stephany Larissa todas as modalidades que têm oportunidade. Mas, as que despertam maior interesse são o vôlei de quadra e de areia e a ginástica rítmica. 
“Ah, acredito que como muitos outros brasileiros me apaixonei pelas skatistas Rayssa Leal [nossa Fadinha] e a Letícia Bufone, o Douglas Souza do vôlei, e o Italo Ferreira, do surfe. Essa força que o esporte tem de unir as pessoas lá na Vila Olímpica e em cada pedacinho do mundo torcendo por seus atletas é maravilhosa. Eu avalio isso de forma muito positiva porque em meio a tanto sofrimento que temos enfrentado observamos que o esporte de alguma forma nos traz felicidade e esperança”, enfatiza Sandra.

 

Fotos: Cedidas

Alegria de mãe e filha, lá em Campo Grande (MS), Sandra e Stephany Larissa, em dia de vôlei na telinha

 

Reinaldo com Renan e Samuel sempre atentos a programação das Olimpíadas 2020
 

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