Natural de Presidente Prudente, onde nasceu há 38 anos, Jacqueline Mungo cursou Administração na Unoeste e tem o MBA em Marketing, pela Toledo Prudente Centro Universitário, Pedagogia e pós em Pedagogia Hospitalar, pela Facon (Faculdade de Conchas). Aos 17 anos seu primeiro trabalho foi na agência Oficina de Idéias. Atuou como diretora do TVShop no SBT em Uberlândia, contato publicitário e diretora do Obrigada Doutor e TV Oferta regional no SBT. Foi sócia da clínica Perfecta (depilação a laser em Prudente e São Paulo). Depois montou a pizzaria Florença Forneria na Ponta da Praia, em Santos. Após vendê-la, voltou a Prudente. Foi quando começou planejar o mestrado em Portugal na área de Educação e Recursos Humanos.
“Sempre gostei de voluntariado. Já entreguei comida para pessoas na rua, tive um minuto beneficente no programa onde gravei a AACD, hemocentro, a Casa do Aidético, o centro João Bittar. Quero trabalhar na área da humanização em educação e saúde, com formação. A experiência em Portugal tem sido intensa e incrível”, diz Jacqueline.
Ela conta que assim que apresentou seu projeto de humanização no hospital no ano passado e foi aceito, a ministra da Saúde, Marta Temido, lançou um desafio: a entrega em três meses de um projeto de humanização para todos os hospitais em Portugal. E ela teve a oportunidade de apresentar a intervenção e ia dar formação em abril, quando pararam o estágio por causa da Covid-19.
Para Jacqueline “a possibilidade de morar, estudar e trabalhar em outro país é diferente de apenas viajar, para conhecer. É vivenciar a rotina desse povo, os costumes, perceber de perto o quanto eles nos conhecem, gostam dos nossos produtos, da música brasileira, filmes, novelas, entendem as nossas gírias, os sentimentos. Percebemos que algumas informações que temos no Brasil são erradas. [como o país ser tão católico, por exemplo]. É que até mesmo o idioma pode ser muito diferente, nós falamos português brasileiro pra eles. Nada é tão perfeito ou tão ruim quanto ouvimos”, comenta.
Jacqueline diz que viver a experiência da pandemia sozinha em Portugal, longe da família, foi uma oportunidade de crescimento, de dedicação ao estudo, de resiliência, de sentir que é mais forte do que já imaginou. E de que pode sempre realizar seus sonhos.
“É o que estudo e acredito, o capital humano... Que somos únicos responsáveis por nossa evolução e felicidade. Trabalhar nesse sentido faz toda diferença para uma vida plena e com qualidade. Uma pessoa que entende seus desejos, o mundo e realiza seus sonhos é feliz e deseja felicidade aos outros. Deseja um mundo melhor. Como dizia Mandela ‘Uma boa cabeça e um bom coração formam sempre uma combinação formidável’”, exalta.
Ela tem certeza que morar fora é sempre aprender, é se surpreender tanto para o lado positivo quanto negativo. “E vai depender da sua visão e atitude tornar isso um aprendizado a seu favor ou não. Espero conseguir contribuir com o que estou aprendendo para termos um mundo melhor. Afinal, como diz Mandela novamente ‘a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo’”, acentua Jacqueline.