Dois irmãos prudentinos estão trilhando seus caminhos no voleibol profissional em Minas Gerais. Henrique Zorzetto, 15 anos, estudante do 2º ano do ensino médio, e Juliana Feliciano Zorzetto, 13 anos, do 8º ano do ensino fundamental.
Segundo a mãe dos atletas, Kesya Cristiane Feliciano, o filho foi primeiro, em 2023, e a filha agora. Em seu primeiro ano ele jogou pelo Sada Cruzeiro. E depois foi negociado pelo Dentil Praia Clube. “Como ele já estava com o pré-contrato do Praia pronto, seu antigo técnico indicou a Juliana. Mandou um portfólio, alguns vídeos dela jogando e na mesma negociação tanto o Henrique quanto ela foram contratados pela equipe”, conta a mãe orgulhosa.
Ela lembra que em Prudente, os filhos jogavam pela Semepp (Secretaria Municipal de Esportes de Presidente Prudente). Henrique jogou até os 13 para 14 e Juliana até o ano passado. “O Henrique jogava com o Fernando Fabin [técnico da equipe masculina] e para ele ter uma base forte eu pagava ainda o professor Marcelo Lorençoni que ajudou demais em sua base. O técnico da Juliana era o Carlão [equipe feminina]. Mas ela também tinha uma personal do vôlei, a Miriam Vidotto. Depois de um ano de base com a Miriam, ela também passou a treinar pela equipe adulta, Planeta, do Marcelo”, expõe Kesya.
Juliana foi no rastro do irmão. A mãe diz que além de talento, ela era muito alta pra idade, 1,75m de altura, com 13 anos. Kesya conta que quando Henrique foi, seu técnico a indicou para a equipe feminina. Teve uma peneira, 3 mil meninas inscritas, foram filtrando e na última fase com aproximadamente 100 atletas de todo o Brasil e ela estava lá. “Nessa última etapa, ela foi selecionada como uma das dez, para jogar pelo Praia Clube, que hoje é o atual campeão da Superliga Brasileira”.
Kesya conta que Henrique desde muito novinho demonstrava um talento nato. Um dom mesmo. Tudo dele era com muita facilidade. Então quando o garotinho estava com 6 anos, ela contratou alguém para treiná-lo. “Contratei a Jacqueline Andrade, do vôlei de Prudente, que foi destaque em várias equipes. Aos 9 ele foi para o Sesi-SP, onde participou do projeto Vôlei 10 para jogar como líbero. Voltou para a cidade e tempo depois passou a ser atacante. Foi quando surgiu a oportunidade de Jogar o Campeonato Mineiro emprestado para uma equipe de Minas que é o celeiro brasileiro, o Estado mais forte do voleibol, hoje”, acentua a mãe.
E foi nesse campeonato que um técnico do Sada Cruzeiro viu Henrique jogando e entrou em contato com Kesya e lhe pediu que o levasse até o clube para fazer um teste.
“Ele fez esse teste e quando acabou o treino já recebemos uma proposta. Isso foi em novembro de 2022. Em janeiro de 2023, ele foi embora pra lá. Jogou um ano pelo clube. Muito bem remunerado, graças a Deus. Teve vários benefícios. Passou por várias competições bem fortes. Foi uma experiência bem bacana”, frisa.
Juliana fez sua base com uma personal também contratada pela mãe. “A Mirian treinava com ela no Tênis Clube. Lugar onde o Henrique gosta de encontrar o pessoal que ele jogava antes. No aniversário dele, em 2021 fizemos um torneio ‘Amigos do Henrique’, dentro do Tênis. O amor pelo vôlei é tão grande que ele quis comemorar jogando”, lembra Kesya.
Kesya confessa que ter um filho amando o esporte que ela ama, é uma experiência surreal. Só quem vive para saber. Ela diz que já participou de várias competições em sua vida, viajou para muitos lugares para jogar, mas não tem comparação.
“Não existe emoção maior do que estar torcendo por seu filho. Estar na arquibancada gritando o nome do seu filho é emocionante. É indescritível, não dá para descrever! Nós amamos o voleibol. Tenho uma foto da minha filha mais velha Isabela, que joga pela Medicina, com 6 meses de vida dentro da quadra de voleibol”, exclama a mãe dos atletas.
Fotos: Cedidas
Além de talento, Juliana era muito alta pra idade, 1,75m de altura, com 13 anos; na foto, quando treinava no TCPP
Juliana vence campeonato como melhor ponteira e recebe título do organizador Jaime