A pandemia de Covid-19 levou sete a cada dez pessoas a consumir notícias diariamente e a se manter atualizadas sobre os acontecimentos, segundo a pesquisa Coronavírus, Comunicação e Informação, elaborada pela Universidade Federal do Espírito Santo. Por meio dos resultados, os pesquisadores concluíram que os assuntos de maior interesse foram a atuação do governo federal (81,46%), a divulgação de descobertas científicas (73,89%) e o que se recomendava como medidas de prevenção contra a doença (72,32%). Outros tópicos que despertaram interesse foram a reação de outros países frente ao problema (65,7%), números relativos ao total de óbitos e casos confirmados da doença (59%), causas e sintomas de Covid-19 (52,5%) e redes de solidariedade que se formaram com o objetivo de prestar ajuda a pessoas que estivessem passando necessidades (51,3%).
Compartilhamento
A maioria dos entrevistados declarou compartilhar conteúdos referentes à pandemia. A periodicidade variou. Enquanto mais da metade (57,2%) afirmou divulgar às vezes; 22% fizeram diariamente; e 1,4% com outra frequência.
Teor de conteúdos
Em relação ao teor dos conteúdos compartilhados, o que mais se viu foram alertas de autoridades (54,8%), reportagens e artigos jornalísticos (49,9%), áudios e vídeos de especialistas (44,5%) e informações sobre causas e sintomas (28,2%).
Fatos devem ser verificados
Fernando Taralli, CEO da VML Brasil, CIO da VMLY&R Latam e atua há 16 anos nas operações da WPP no Brasil, afirma que antes do isolamento, as mídias sociais eram usadas como fontes de informação (tudo na ponta do dedo) em textos curtos. Quase não havia a preocupação em confirmar a veracidade dos fatos. "Com o isolamento social, as pessoas estão se dando conta de que, em se tratando de uma crise sanitária de proporções inimagináveis, as redes sociais podem ser um criadouro de notícias falsas, de fontes pouco confiáveis, que espalham o vírus das fake news", afirmou ele em artigo publicado no UOL.
Valor do jornalismo
Diz Fernando Taralli: "Em meio a tanta insegurança e instabilidade, temos uma certeza: é fundamental fomentar a pluralidade e o debate das ideias, mas para que esse debate seja rico e frutífero é necessário ter informação confiável. Agora é a hora e a vez de apoiar a mídia tradicional. Se queremos construir um país melhor e mais justo é preciso reconhecer o valor do jornalismo profissional.
Cidades inteligentes
Pesquisadores do ICMC (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação) da USP (Universidade de São Paulo) em São Carlos participarão de uma rede nacional para transformação de cidades em smart cities, espaços que utilizam tecnologias como inteligência artificial e internet das coisas para gerar eficiência nas operações urbanas, mantendo o desenvolvimento econômico ao mesmo tempo em que melhoram a qualidade de vida da população.
Internet das coisas
O projeto tem como meta o desenvolvimento de pesquisa e tecnologia nas áreas de inteligência artificial e internet das coisas de 5ª geração, mas já visando à 6ª geração com modelos focados no desenvolvimento de eixos principais como comunicação, energia, mobilidade, saneamento, segurança, saúde, educação e lazer, segundo explicou ao Jornal da USP, André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, um dos coordenadores do trabalho.
Alta concentração urbana
O índice de concentração urbana no Brasil, que é estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 84%, reforça segundo os especialistas a necessidade de se construir cidades adaptadas às necessidades atuais e que, ao mesmo tempo, estejam preparadas para o futuro. "É nesse sentido que estamos trabalhando, gerando tecnologia e contribuindo para que as pessoas deixem de imaginar como será viver em uma cidade inteligente e possam fazer uso de fato dos recursos e tecnologias que não estão mais no futuro e sim, no presente, na ciência gerada por essa diversidade de conhecimentos em rede, o projeto Iara", diz o coordenador André Carvalho.
Retomada gradual
A Honda Automóveis anunciou a volta gradual das atividades produtivas de suas unidades fabris em Itirapina e Sumaré, a partir do dia 13 de julho, segundo o jornal “Primeira Página”, de São Carlos (Rede APJ). No momento, a operação segue restrita, exclusivamente com a fabricação de componentes de motores, para atendimento ao mercado de exportação. O período de suspensão do contrato de trabalho dos colaboradores, nos termos da medida provisória 936/2020, será finalizado nesta quinta-feira. Entre 29 de junho e 18 de julho, já estavam previstas férias coletivas para a instalação de novos maquinários. Para atender à demanda do mercado, a empresa está antecipando o retorno às atividades em uma semana, do dia 20 para o dia 13 de julho.
Investimento no interior
A rede de supermercados Pague Menos anunciou a abertura de uma nova loja no interior de São Paulo, desta vez em São João da Boa Vista. Será a 29ª unidade da rede. As obras estão previstas para começar em setembro. O investimento é de R$ 40 milhões, e devem ser gerados 200 empregos diretos e indiretos.