Sabe aquela amiga da escola, que não tirava as melhores notas, pelo contrário, era uma aluna considerada fraca, e que hoje vive muito bem psicologicamente e economicamente falando? Ou aquele amigo da mesma época da escola, que era um dos melhores alunos da classe, que todos já esperavam um futuro um tanto quanto promissor, e hoje não está tão bem assim? Nem economicamente e muito menos emocionalmente falando!
Pois é. Aquela aluna que não foi tão bem na matemática, ou não escrevia bons textos, poderia ter sido uma ótima musicista ou atriz. Ou aquele aluno péssimo nas aulas de música, poderia ser aquele empreendedor nato, que talvez não tenha sido percebido e nem tão pouco estimulado com seu dom (inteligência). Por muito tempo pensou-se num aprendizado baseado nas inteligências lógico-matemáticas e linguísticas. O famoso “fazer contas e escrever ortograficamente correto”.
A Teoria das inteligências múltiplas, proposta por Howard Gardner (1943-), psicólogo cognitivo formado pela Universidade de Harvard nos Estados Unidos, veio clarear alguns pontos sobre como as pessoas podem ter inteligências diferentes. Em seu livro, Gardner enumera alguns tipos de inteligências descobertas em suas pesquisas, tais como: linguística, lógico-matemática, espacial, pictória (expressão por desenhos, pinturas e esculturas), musical, corporal-sinestésica, naturalista, interpessoal e intrapessoal.
O que nos enriquece é justamente a forma única que estas inteligências são combinadas e podem ser desenvolvidas. Com base nos estudos de Gardner, o jornalista científico Daniel Goleman aprofundou, e em seu livro “O cérebro e a inteligência emocional, novas perspectivas”, destacou que a inteligência é um potencial que soma elementos biológicos e psicológicos para interpretar informações e resolver problemas.
No mundo cada vez mais competitivo, saber lidar com as emoções pode ser determinante no crescimento pessoal e profissional de um indivíduo. Segundo o consultor de empresas Walter Roque Gonçalves, “os líderes são aqueles que sabem lidar com pessoas e não necessariamente quem sabe mais” O cuidar do lado psicológico-emocional hoje em dia é questão de sobrevivência e também a chave para resolver muitos problemas. Não basta detectar qual a inteligência predominante em sua vida, mas também como fazer com que ela crie diferenciais na realidade que o cerca fazendo com que prevaleça, acima de tudo, a verdadeira inteligência emocional.