Inteligência artificial: impacto nas profissões

OPINIÃO - Jair Rodrigues Garcia Júnior

Data 19/10/2024
Horário 06:00

Há estudiosos e pensadores que consideram a inteligência artificial como a mais poderosa tecnologia da história da humanidade, que veio para impactar nossas vidas em todas as suas dimensões.
Não há dúvida que o impacto da inteligência artificial generativa é disruptivo, porém está sendo sentido gradualmente, pois os sistemas e as aplicações estão sendo continuamente desenvolvidos e estão em evolução desenfreada. A ampliação das capacidades e aplicações da inteligência artificial são imprevisíveis e estão mudando o fazer das coisas, criando novos caminhos e possibilidades nas diversas áreas. 
Um desafio a ser enfrentado está no mercado de trabalho e nas profissões, para os quais há previsões pessimistas de supressão de vagas e funções, mas também as otimistas que consideram o potencial transformador da inteligência artificial, se configurando num catalisador de oportunidades em novas funções, multiplicação de vagas, aumento da produtividade e crescimento econômico. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, até 85 milhões de empregos podem desaparecer, porém outros 97 milhões de novos empregos podem ser criados, até 2030, ante a demanda de desenvolvimento de inteligência artificial, análise de dados e design de produtos. 
A inteligência artificial está avançando pelas diversas áreas, melhorando o desempenho dos profissionais, economizando tempo e aprimoramento a qualidade dos produtos e serviços. Certamente, a qualificações dos trabalhadores é um ponto central na dimensão da empregabilidade. Para os profissionais com qualificação elevada, habilidades cognitivas bem desenvolvidas, cujas atividades estão associadas ao pensamento abstrato e crítico, e criatividade, a relação com a inteligência artificial será sinérgica, incluindo aumento das vagas e dos salários. As habilidades de comunicação, colaboração e resolução de problemas estão sendo também valorizadas, pois as atividades estão se tornando mais colaborativas e integradas. Por outro lado, os trabalhadores com qualificação baixa ou intermediária, cumprindo tarefas rotineiras, terão suas vagas ocupadas pela automatização.
O Enepe ((Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão) da Unoeste, que acontece de 21 a 24 de outubro, discutirá sobre essa revolução tecnológica que trará grandes alterações à forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Uma transformação em quase todos os aspectos da nossa economia e sociedade.
 

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