Inquérito é concluído e encaminhado à Justiça

REGIÃO - VICTOR RODRIGUES

Data 02/12/2016
Horário 10:04
 

A Polícia Civil concluiu o inquérito referente à Operação Ethos e encaminhou, ontem, todo o material para o Fórum de Presidente Venceslau. A partir então, o MPE (Ministério Público Estadual) terá um prazo para oferecer a denúncia, que poderá gerar o processo. São 41 volumes, cada um com cerca de 200 páginas, e os documentos pedem 54 prisões preventivas à Justiça, incluindo dos oito advogados detidos na região.

De acordo com a Polícia Civil, o pedido de prisão temporária, que já foi prorrogado por mais cinco dias, terminou a meia-noite desta quinta-feira. "Agora cabe à Justiça acatar ou não. As prisões temporárias são válidas por cinco dias e podem ser prorrogadas somente mais uma vez, por mais cinco. A medida preventiva não tem tempo estipulado, e poderá colaborar ainda mais com os trabalhos da Justiça", explica.

Jornal O Imparcial Operação conjunta prendeu 8 advogados na região de Prudente

Caso o Judiciário não analise ou negue a preventiva, eles serão liberados. Segundo a polícia, as suspeitas se confirmaram na investigação. Todos os envolvidos foram ouvidos e todo o material apreendido, como computadores, pen drives, celulares, documentos, entre outros, foram analisados pelo IC (Instituto de Criminalística).

A operação foi deflagrada no dia 22 de novembro em todo o Estado de São Paulo, incluindo a região de Presidente Prudente, em uma ação conjunta da Polícia Civil e do MPE, com a finalidade de deter advogados suspeitos em envolvimentos com uma facção criminosa que age dentro e fora do sistema penitenciário paulista.

 

"Sintonia dos Gravatas"

Conforme informado na data dos fatos pela Polícia Civil e pelo MPE, em nota conjunta, a Operação Ethos visa desarticular célula criminosa da facção, denominada "R", que, de acordo com os órgãos, é composta por 40 advogados, sob controle de presos vinculados à organização e que já foi denominada "Sintonia dos Gravatas". A investigação policial começou há um ano. Entre os crimes imputados está o pagamento de propina, em nome da organização, a representantes de órgãos civis.

 
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