A botucatuense Heloísa Miguel, que levou cerca de um ano para escrever seu romance “O outono de 1970”, publicado pela Editora Caravana, exalta que tem gosto pela leitura desde pequena e isso colaborou não somente na formação de sua personalidade, mas também em sua criatividade e imaginação. Na casa de seus pais havia uma estante enorme, recheada dos autores clássicos.
“Mamãe tinha uma coleção completa das obras de Machado de Assis que li, reli e tenho comigo até hoje. Também retirei muitos livros das bibliotecas da escola e da municipal. John Steinbeck e Gustave Flaubert estavam e estão entre os meus autores favoritos”, cita ela.
Com o tempo, Heloísa exalta que foi ampliando a lista. Hoje gosta muito de Elena Ferrante, que conheceu por indicação de sua filha, e de Elizabeth Strout, do magnífico "Olive Kitteridge". “Mas desconheço muitos autores importantes. Annie Ernaux, ganhadora do Nobel de Literatura deste ano, por exemplo, e por aí vai. A boa literatura é uma fonte inesgotável e a gente pode beber dela a vida toda”, destaca a jornalista, também escritora de livros, agora com seu primeiro trabalho literário, “O outono de 1970”.
Questionada sobre como surgiu essa oportunidade, Heloísa explica que a editora abre chamados para autores enviarem suas obras inéditas e faz a seleção das que serão publicadas. Ela participou de um desses processos seletivos no início do ano e "O outono de 1970" foi publicado. “É uma editora tradicional, mineiro-portenha, que começou produzindo livros artesanais na oficina própria em Buenos Aires, em parceria com a Caburé Libros, parte do Grupo Editorial Caravana. Com sede brasileira em Belo Horizonte [MG], em 2021 alcançou a marca de 500 obras editadas, reunindo autores brasileiros e de outros países latino-americanos”, menciona a jornalista, que mora em Presidente Prudente há 22 anos e foi professora na Facopp (Faculdade de Comunicação de Presidente Prudente) da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), no curso de Jornalismo, cidade onde mantém uma empresa de comunicação empresarial.
Foto: Cedida
Heloísa Miguel é de Botucatu, mas mora em Prudente há 22 anos