A região de Presidente Prudente vem se destacando pelo crescimento dos microinfluenciadores - pessoas que oferecem conteúdos relevantes e que possuem de 10 mil a 100 mil seguidores nas redes sociais - e tornaram-se componentes fundamentais para o marketing digital das empresas.
Estando no interior do Estado, muitos influenciadores acabam não conquistando um grande número de seguidores como aqueles que atuam nas grandes capitais. O que pode se tornar uma oportunidade de trabalhar com empresas regionais, já que as grandes marcas acabam buscando grandes influenciadores. O publicitário, fotógrafo e diretor de agência de modelos, Thomas Aguillera, lembra do papel desses profissionais para as empresas. “Tanto as marcas, quanto as agências já entenderam a importância e a eficácia das microinfluenciadoras e influencers em geral”, comenta.
Mesmo que o número de seguidores seja um fator importante, o que é mais relevante no marketing de influência é o engajamento. “O que as marcas olham é o quanto as pessoas interagem, acreditam e se engajam com esse influenciador”, afirma a professora de marketing, Priscila Guidini. E acrescenta que é importante que as marcas encontrem influenciadores que atinjam seu público-alvo.
Um exemplo de influenciadora do oeste paulista é a modelo e jornalista Mariana Menotti. Ela possui 13,7 mil seguidores no Instagram e compartilha sobre seu estilo de vida saudável, treinos e moda. A modelo conta que entrou para o meio de maneira desproposital, fazendo parcerias com lojas para um concurso de miss e como forma de agradecimento, postava na rede social. “Isso gerava resultado para a loja, vi que estava dando muito certo e continuei”, relata.
Outra digital influencer que também não tinha intenção de estar no meio é Barbara Cândido, que diariamente fala sobre seu estilo de vida, dicas de beleza e moda com 24,3 mil seguidores. Ela afirma que a profissão agrega muito a outras partes de sua vida. “Consigo passar o que sou somente se eu me conhecer, aprendo a lidar com expectativas tanto minhas quanto de outras pessoas e comparações, e também aprendo a cuidar do próprio negócio”.
O jornalista e criador dos canais Papai Educa, Leandro Nigre, lembra que como influenciador, deve agregar valor à vida daqueles que escolhem segui-lo, e ressalta que a profissão não deve ser algo sem valor, a exposição precisa ser o mais profissional possível. “As pessoas precisam estar conscientes desse papel para que não banalize a publicidade”, complementa.
Entretanto, mesmo diante do trabalho, a exposição pode ter consequências psicológicas negativas para o influenciador e para o seguidor. Na opinião da psicóloga e neuropsicóloga, Joselene Alvim, os maiores problemas das redes são a exposição demasiada e a comparação da própria vida com a dos demais usuários. “As pessoas têm estilos de vida diferentes, o que não significa que só em um deles há a presença de felicidade”, comenta.
Vinícius Branquinho, psicólogo que cria conteúdo para o Instagram, aponta algumas dicas para poder ter uma melhor relação diante das realidades da internet: determinar pessoas para seguir, aproveitar conteúdos que sejam relevantes e determinar horários para as redes, prestando atenção em uma coisa de cada vez.
Cedida/ Mariana Menotti
Um exemplo de influenciadora do oeste paulista é a modelo e jornalista Mariana Menotti, que possui 13,7 mil seguidores no Instagram
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Leandro Nigre é jornalista e criador dos canais Papai Educa