Ainda estamos na primavera, mas as altas temperaturas e as chuvas que atingem a região nesta e na próxima estação já preocupam. Voltamos nossas atenções para o temível inimigo dos brasileiros. Responsável por transmitir diversas arboviroses, entre elas a dengue, o Aedes aegypti tornou-se uma das principais ameaças à saúde e ao bem estar da população nos últimos anos. Em Presidente Prudente e em inúmeras cidades do país, neste ano, ele fez a “festa”! Só em 2023, por aqui, foram mais de 36,1 mil casos da doença e 24 mortes. Hospitais lotados, atendimento ampliado para outros locais, gente se contaminando mais de uma vez. O estrago foi grande.
Mas a preocupação continua. De acordo com o quarto levantamento do ano de infestação do Aedes, divulgado na edição de ontem, Prudente está classificada como "em situação de alerta em relação à dengue", com índice predial de 1,9 e de Breteau de 2,2.
Resumidamente, a cada 100 imóveis pesquisados em Prudente no último levantamento, foram encontrados 2,2 recipientes contendo larvas do Aedes aegypti, aponta o IB, enquanto o Ministério da Saúde define como ideal índices iguais ou abaixo de 1,0. Já em relação ao IIP, porcentagem de residências com a presença do mosquito, 1,9 delas continha larvas. Índices entre 1 e 4 são considerados estágio de alerta.
As ações de combate ao Aedes não param. Além do trabalho educativo junto à comunidade, com reuniões que já estão ocorrendo, é feita a nebulização nas casas onde são registrados casos positivos, trabalho de bloqueio para evitar possíveis criadouros do mosquito transmissor e coletas de exames sorológicos.
Porém, todo trabalho será em vão, se a própria população não fizer a sua parte, facilitando a entrada dos agentes nas casas, informando se tem ou não algum recipiente que possa acumular água e eliminando o mesmo quando constatado.
Qualquer simples descuido pode provocar a transmissão. Apesar de a maioria já saber de cor, o que pode ou não ser feito, vale a pena repetir as ações principais: evite o acúmulo de água em recipientes como pratos, vasos, caixas d’água destampadas, garrafas e pneus; remova folhas e tudo que possa impedir a água correr pelas calhas; coloque o lixo em sacos plásticos; e mantenha a lixeira fechada; vistorie semanalmente seu quintal. Independente dos índices, não dá para bobear! A luta contra o Aedes deve ser constante!
