A madrugada de sábado trouxe mais um triste retrato da irresponsabilidade que insiste em percorrer as estradas brasileiras. Por volta das 00h35, uma equipe do Policiamento Rodoviário de Presidente Prudente foi acionada para atender um sinistro de trânsito, felizmente sem vítimas, na altura do km 11 da Rodovia Júlio Budisk (SP-501), no município de Álvares Machado. O motivo? Um homem de 39 anos foi flagrado dirigindo sob o efeito de álcool. Preso em flagrante, ele poderia ter protagonizado uma tragédia.
Casos como este se repetem com frequência alarmante. A cada novo boletim, reforça-se a constatação de que muitos ainda tratam a vida — a própria e a dos outros — com uma banalidade assustadora. A legislação é clara, as campanhas de conscientização são constantes, os números de acidentes fatais são públicos e dolorosos. E, mesmo assim, a combinação álcool e volante continua sendo uma das principais causas de mortes no trânsito.
É inaceitável que em pleno 2025 ainda seja preciso lembrar que dirigir embriagado não é apenas um ato ilegal. É um ato criminoso. Um ato egoísta. Um ato que, mais do que uma infração de trânsito, é uma ameaça real à segurança pública. A sorte, neste caso específico, foi não haver vítimas. Mas nem sempre o desfecho é assim.
Por trás de cada cruz erguida à beira de uma estrada, há uma história interrompida, uma família devastada, sonhos ceifados pela imprudência de terceiros. Quando alguém decide dirigir alcoolizado, assume, consciente ou inconscientemente, o risco de transformar o veículo em uma arma.
É preciso endurecer a fiscalização, sim. Mas é ainda mais urgente mudar a mentalidade coletiva. O álcool e a direção são absolutamente incompatíveis. Quem bebe e insiste em dirigir age com desprezo pela vida e pelo próximo.
Este editorial é um apelo à consciência. Que não esperemos mais tragédias para entender o óbvio. A responsabilidade no trânsito começa com escolhas simples. E a principal delas é saber que, se for beber, não dirija. Nunca.