O Brasil exporta 25% da sua produção de carne bovina. A cada cinco quilos consumidos no mundo, um quilo é brasileiro. Dados que refletem a qualidade e quantidade e, ao mesmo tempo, exigem empenho para manter o que foi conquistado e ampliar a oferta. Diante deste contexto e com foco em matrizes, o 2º Simpósio ReprodOeste, com o tema “Impacto da reprodução na conta do boi”, foi realizado na Feicorte (Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne), em Presidente Prudente.
A realização envolveu parceria da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), através da Faculdade de Ciências Agrárias, com a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, junto ao secretário Guilherme Piai e a empresa organizadora da feira, a Verum Eventos.
A inciativa do simpósio é do ReprodOeste (Grupo de Estudos em Reprodução Animal), liderado por Caliê Castilho e que atua como fórum permanente de discussão sobre avanço na utilização de biotécnicas por produtores do país inteiro.
Nessa sexta-feira, a Arena Feicorte, instalada no Recinto de Exposições Jacob Tosello, esteve reservada para quatro conferências e debate pela manhã e três à tarde, também seguidas de debates sobre diferentes temas.
O foco em matrizes independe do ciclo de baixa ou de alta da agropecuária, por se encaixar em qualquer um. Foi o que disse na abertura o pró-reitor acadêmico da Unoeste, José Eduardo Creste, com relação à otimização e produtividade do rebanho.
A geração de bezerros é o que toca à cadeia produtiva e por isso deve ser muito bem ajustada por representar esse diferencial. Esta é a visão apresentada pelo diretor da Faculdade de Ciências Agrárias, Carlos Sérgio Tiritan.
Foi elogiada a participação da diretoria da Agripec, a empresa júnior do curso de Agronomia, presidida por Leonardo Bueno Duailibe. Outro envolvimento enaltecido foi o do doutorando em Ciência Animal e curador da Feicorte, Alex Miyasaki.
Ainda foi destacada a atuação de alunos dos cursos de graduação e da pós-graduação no suporte em praticamente todas as ações da Feicorte do início ao fim do evento, juntamente com o professor Neimar Rotta Nagano.
Caliê Castilho abriu a exposição discorrendo sobre biotécnicas como ferramentas para aumentar a eficiência reprodutiva em gado. Raquel Zenetti, da Progest Biotecnologia, falou da produção in vitro de embriões em gado de corte comercial.
Na programação, constou Renata Helena Branco, do Instituto de Zootecnia da Apta (Agência Paulista de Tecnologias do Agronegócio), para falar sobre “Programação fetal: a importância de nutrição de fêmeas gestantes”.
O zootecnista Lauriston Bertelli Fernandes, diretor de Pesquisa e Inovação da Premix, expôs sobre redução de metano entérico e aumento de eficiência energética em bovinos suplementados com aditivo natural.
Ao médico veterinário Fernando Aono, da Semex Brasil, coube expor o tema “Grupo GP50: a importância da coleta de informações para a reprodução dos índices zootécnicos”.
Já ao também médico veterinário Marcelo Almeida de Oliveira, coube o “Valores genéticos e suas expressões fenotípicas”. A exposição final foi programada para Tatiana Issa Uherara Berton.