Referência em oncologia no oeste paulista, o HRCPP (Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente) tem a missão acolher e assegurar ao paciente, tratamento digno, humanizado e de qualidade, fortalecendo a esperança da cura. Atualmente, o hospital realiza cirurgias de pequena, média e alta complexidade, nas mais diversas especialidades e com tecnologia de ponta. Reflexo de inúmeras conquistas, em 2019 o hospital realizou 45.739 atendimentos gerais. Somente neste ano, entre os meses de janeiro e outubro, a unidade realizou 42.072 serviços especializados prestados à comunidade. Considerando a média de 5 mil atendimentos/mês, a unidade espera que até o final do ano ultrapasse os 50 mil atendimentos.
Além de referência em oncologia, o HRCPP também desponta em inovações para o tratamento do câncer. Uma delas é o agulhamento pré-operatório para o tratamento de tumores renais. O desenvolvimento da nova técnica faz parte de um projeto de pesquisa de autoria do diretor clínico e responsável pelo Departamento de Uro-Oncologia do HRCPP, Felipe de Almeida e Paula. Idealizada em Presidente Prudente, contou com a colaboração dos departamentos de urologia e imagenologia da Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente e do Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente.
O ponto de partida para a idealização dessa nova técnica, segundo assessoria de imprensa do hospital, foi a procura por alternativas para o tratamento de tumores renais totalmente endofíticos (escondidos dentro do rim). “Alguns tumores dos rins são difíceis de serem localizados no momento da cirurgia. Atualmente, se utiliza o ultrassom intraoperatório, que são aparelhos caros e nem sempre eficientes para todos os casos. Buscamos uma alternativa eficaz, barata e de fácil reprodução”. Com casos de sucesso, a técnica foi apresentada ano passado durante o encontro do LARCG (Grupo Latino Americano de Câncer de Rim) que aconteceu no AUA (Congresso Americano de Urologia), e será demonstrada no Congresso Paulista de Urologia que acontecerá neste mês.
Neste ano, o HRCPP também realizou a realizou a primeira hepatectomia videolaparoscópica (retirada de tumor no fígado por vídeo) da região. A cirurgia foi realizada pelos médicos Rafael Mello e Geraldo Siqueira – cirurgiões do Departamento de Cirurgias Digestivas do HRCPP – e contou com o uso do protocolo internacional do “uso da verde indocianina” no pré-operatório, pela primeira vez. A realização desse procedimento representa um grande avanço para a região e para a população. “Ofereceremos um tratamento de ponta, como é feito nos maiores centros de cirurgias de fígado do mundo. Ou seja, pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) contarão com esse avanço no tratamento”, explica Rafael.
E não é somente no Estado que o hospital ganha destaque. No final de 2019, o HRCPP realizou a primeira cirurgia em câncer de mama utilizando exoscopio e por fluorescência no Brasil. Entre os benefícios da técnica, estão: a visualização da drenagem linfática em tempo real; menor risco de alergia e de a mama ficar corada definitivamente; e menor tempo cirúrgico. A cirurgia foi realizada pelo mastologista Rafael Sá e faz parte de uma pesquisa de autoria do médico.
Segundo o mastologista, a biópsia do linfonodo sentinela é uma técnica cirúrgica para o câncer de mama que visa evitar a linfadenectomia, que é a retirada de todos os linfonodos axiliares, uma cirurgia mais agressiva que pode gerar mais riscos e implicar na piora da qualidade de vida das pacientes. Deste modo, para localizar o linfonodo sentinela [primeiro e principal linfonodo que recebe a drenagem mamária das células malignas], é necessário usar algum marcador. “No Brasil, até o momento, existia o azul patente, que é mais barato e de baixa qualidade, e o tecnécio99, mais caro e que necessita da medicina nuclear para ser utilizado, além de não ser liberado na rotina do SUS (Sistema Único de Súde). O verde indocianina associado à fluorescência já é usado na Itália e Japão”, explicou o médico à assessoria.
Para as próximas etapas, o HRCPP reforça que articula o credenciamento total ao SUS (Sistema Único de Saúde) para que, assim, os atendimentos possam ser expandidos. Entretanto, continuará necessitando do apoio da comunidade para oferecer os melhores serviços à população da região que necessite de atendimento oncológico.