Além de ser referência em oncologia, o HRCPP (Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente) também desponta em tecnologia e procedimentos utilizados em centros oncológicos de referência para o tratamento do câncer.
Uma delas é o agulhamento pré-operatório para o tratamento de tumores renais. O desenvolvimento da nova técnica fez parte de um projeto de pesquisa de autoria do diretor clínico e responsável pelo Departamento de Uro-Oncologia do HRCPP, Felipe de Almeida e Paula. Idealizado em Presidente Prudente, o procedimento contou com a colaboração dos departamentos de urologia e imagenologia da Santa Casa de Presidente Prudente e do Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente.
Em 2020, o HRCPP também realizou a primeira hepatectomiavideolaparoscópica (retirada de tumor no fígado por vídeo) da instituição, um procedimento que o SUS não cobre, portanto, custeado por meio de doações da comunidade. A cirurgia foi realizada pelos médicos Rafael Mello e Geraldo Siqueira – cirurgiões do Departamento de Cirurgias Digestivas do HRCPP – e contou com o protocolo internacional do “uso da verde indocianina” no pré-operatório, pela primeira vez. A realização desse procedimento representou um grande avanço para a região e para população.
Além disso, no final de 2019, o HRCPP realizou uma cirurgia em câncer de mama utilizando exoscopio e por fluorescência, por meio da iniciativa da pesquisa de doutorado do mastologista Rafael Sá. Entre os benefícios da técnica, estão: a visualização da drenagem linfática em tempo real; menor risco de alergia e de a mama ficar corada definitivamente; e menor tempo cirúrgico.
Outro procedimento feito pelo hospital trata-se da cirurgia no cérebro com o paciente acordado – a chamada “awakecraniotomy” ou “craniotomia acordada” – realizada recentemente em um paciente de 34 anos com um tumor no cérebro. Segundo Rodrigo Ferrari, neurocirurgião responsável pelo procedimento, a técnica já é utilizada no mundo todo há algum tempo e, ultimamente, vem sendo mais empregada para lesões que ficam próximas às áreas importantes do cérebro, principalmente a área da fala e a área motora. “O paciente é anestesiado e durante o procedimento retira-se a anestesia, extuba-seo paciente e ele passa a conversar com a equipe. Dessa forma, há um melhor controle para evitar déficits motores e da linguagem”, explicou o neurocirurgião. (Com assessoria de imprensa)