Hospital Regional comemora 26 anos de história 

Nesse tempo, a missão segue a mesma: atender bem e com qualidade a todos que precisam de ajuda

REGIÃO - SINOMAR CALMONA

Data 19/02/2023
Horário 04:10
Foto: Sinomar Calmona
Frei Tarcísio: “Trabalhamos para que esse hospital cumpra seu papel de atender bem, com qualidade, humanização, para de fato aliviar o sofrimento do nosso povo”
Frei Tarcísio: “Trabalhamos para que esse hospital cumpra seu papel de atender bem, com qualidade, humanização, para de fato aliviar o sofrimento do nosso povo”

O HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo de Presidente Prudente completa 26 anos de histórias, conquistas e com a mesma missão: atender bem e com qualidade a todos que precisam de ajuda.
Segundo o frei Tarcísio Marchini, diretor do HR, a história da constituição é formada por fases. A primeira, quando foi pensada, antes mesmo da sua construção, idealizada pelo professor Agripino de Oliveira Lima Filho. “Ele tinha o sonho de construir um grande hospital, ter um estilo Hospital das Clínicas nesta região, com 1,1 mil leitos para atender todos que sofriam. Ele queria que as pessoas encontrassem atendimentos aqui para não precisarem se deslocar para outros centros ou à capital”, conta. Acrescenta que então o hospital começa a ser construído, ligado com a Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), e encontra dificuldades, custo altíssimo e ainda não estava 100% em sua funcionalidade. Já se tinha até a estrutura física, mas ainda não funcionava em sua totalidade. 
Conta que antes da estadualização, o hospital funcionava com 100, 115 leitos, tanto para SUS (Sistema Único de Saúde) quanto para convênio particular, pois antes o hospital era misto. “Com a estadualização, o HR passa a ser 100% SUS. Por meio de contrato de gestão, cumprindo todas as normativas do Estado, em 2009 é estadualizado através do chamamento e a associação franciscana já era credenciada como OSS [Organização Social de Saúde], fazíamos a gestão de outros hospitais, e assim chegamos em Prudente”, frisa.
O hospital, desde então, tornou-se referência em assistência médica eletiva de média e alta complexidade a 45 municípios da região oeste do Estado de São Paulo, que compõem o DRS-11 (Departamento Regional de Saúde).

As fases

Nos primeiros anos, frei Bento esteve à frente e tinha o papel de terminar as estruturas internas do hospital, muita coisa ainda no reboco internamente. “O foco dele foi esse. E organizar tudo com a Secretaria Estadual de Saúde e DRS”.
A segunda gestão foi com frei Afonso, que teve a missão de organizar as equipes médicas e todo o hospital. “Eu cheguei, assumi a gestão em 2013/14. Já com uma boa estrutura e equipe organizada, meu objetivo era qualificar o hospital para um atendimento de excelência. Quando iniciamos o trabalho junto à Saúde e APM [Associação Paulista de Medicina], tínhamos o compromisso de ter qualidade hospitalar. Foi o foco, além da humanização, porque qualidade não caminha separada de humanização”, ressalta.
No fim de 2014, frei Jacó retorna e fica até 2018. Neste período, o foco estava no relacionamento com a sociedade civil e instituições. “Toda administração antes dele era focada para os trabalhos internos e ele teve a missão de estreitar contato com a sociedade civil. Ele fez muito bem esse trabalho”.
Frei Tarcísio retorna em 2019, com o hospital caminhando muito bem e prestes a finalizar todo o trabalho iniciado em 2013. O compromisso era, então, com a qualidade. “Fomos avaliados e selados com o selo de qualidade de compromisso hospitalar. É o único hospital 100% SUS que tem este selo. Há outros hospitais com selos, mas realizados com outras metodologias. Este é um selo difícil que conseguimos e temos o mantido com a graça de Deus”.

Pandemia

Conforme frei Tarcísio, o HR enfrentou a pandemia com muito ardor. Clínicas se transformam em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para conseguir atender os pacientes. Serviços foram suspensos para dar conta dos doentes. “Acredito que tenha sido o momento mais difícil do hospital”. Explica que perante a pandemia, se tinha vantagens em algumas situações. Começou na Europa, depois a capital para aí sim chegar até aqui. Então, tínhamos esse delay e estávamos sempre observando para nos anteciparmos. Foi fundamental para o sucesso do trabalho”, diz.

Estrutura do HR

O hospital conta com 460 leitos de internação, 90 leitos de urgência e emergência que, quando necessário, aumentam para atender a demanda. Há equipamentos tecnológicos renovados. “Nos últimos anos, a secretaria teve esse olhar carinhoso conosco. Temos tomografia nova, ressonância. Estamos construindo espaço para receber a segunda tomografia, exclusiva para o pronto-socorro, o que vai oferecer muita agilidade”.

O que é preservado do antigo HU?

O professor Agripino, conforme frei TarcÍsio, além de grande empresário e um profeta do seu tempo, no sentido político, antecipou a construção desse hospital em um período que o chamaram até de “louco, insensato”. “Hoje, o HR está pequeno. Se tivesse tido condições de finalizar o projeto inicial, talvez estivesse suficiente para a nossa região”.
O frei enfatiza que o professor Agripino sempre demonstrou que ele queria, sobretudo, na linguagem dele, que os mais pobres fossem atendidos com respeito e qualidade. “Por isso ele pensou naquela recepção como um grande hotel de luxo. Para que entrassem e se sentissem bem e acolhidos. Não é uma recepção comum. Esse desejo de humanização, desejo de atender quem sofre e tem necessidade, é muito importante”, conta. Acrescenta que por isso fizeram questão de, no ano passado, nos 25 anos, retomar aquilo que ele havia deixado na fachada: esse hospital foi inspirado na obra franciscana para aliviar o sofrimento do nosso povo. “Grande legado dele e vai ao encontro dos valores da associação e da fraternidade, que é a gestora do hospital”, pontua.

Geração de emprego

Entre o hospital e o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) “Doutor Antônio Carlos Fontoura da Silva”, são gerados 2,5 mil empregos diretos, mais 400 médicos, que são prestadores de serviço. Além dos indiretos, como a de refrigeração que praticamente faz um trabalho exclusivo. “Muito bonito de ver famílias que foram formadas aqui. Tem avós, pais, netos que passaram ou estão conosco”, frisa. Conta também que tem uma parceria com o CAC (Casa do Aprendiz Cidadão) desde quando o projeto foi implantado e mais de 70 jovens foram efetivados. Ou seja, começaram como aprendizes e hoje são líderes, coordenadores de setor.

Oncologia

“Oncologia é déficit não só na região, é para o Estado e país. A incidência de novos casos é crescente e faixas etárias mais jovens, preocupante isso. Em 2013, o Ministério da Saúde implementou um programa de ampliação de radioterapia e iniciou a construção aqui, e agora estão retomando. Então, o HR vai ter uma radioterapia. Vai ampliar a oferta deste serviço. Temos o desejo de ampliar nossa clínica oncológica”, conta. “Há o desejo de crescer mais, porém, precisamos de investimentos”, diz.

O que esperar do HR?

Quando questionado sobre o que a população pode esperar do HR, o frei é enfático. “Compromisso com a qualidade sempre, de servir mais e melhor e com muito amor. Estar atento às necessidades da região, pois a saúde é dinâmica. As patologias vão se alterando e o hospital tem que se flexível e ir se adaptando. A população cada vez mais envelhecida, número de nascimentos é muito menor. Hoje temos uma faixa etária de jovens grande, mas, em breve, a maioria da população será mais envelhecida. Então, o hospital vai ter que se adaptar e já está fazendo isso para atender a população idosa”, ressalta. 
Importante dizer que o HR, conforme o frei, é um hospital estadual, com administração privada, através de contrato de gestão e que o trabalho aqui é de muitas pessoas, não só do frei. “Temos toda uma equipe e associação juntos, pensando e trabalhando para que esse hospital cumpra seu papel de atender bem, com qualidade, humanização, para, de fato, aliviar o sofrimento do nosso povo”, ressalta.

O selo de qualidade

O selo de CQH (Compromisso com a Qualidade Hospitalar), uma certificação concedida pela APM (Associação Paulista de Medicina), que premia os hospitais que seguem o roteiro de exigências que garante aos usuários das unidades um serviço de qualidade e excelência. Além disso, o HR possui o Selo Intermediário de Hospital Amigo do Idoso, que garante aos idosos atendidos e seus acompanhantes um tratamento mais atento e especializado às suas necessidades.

Gestão

A gestão do Hospital Regional de Presidente Prudente está sob a responsabilidade da OSS (Organização Social de Saúde) Associação Lar São Francisco na Providência de Deus, entidade filantrópica cristã sem fins lucrativos dedicados a acolher, cuidar e servir àqueles que mais necessitam, com atuação nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Ceará, Pará (região amazônica), Paraná e também em Porto Príncipe, no Haiti, e Braga, em Portugal. (Mais informações no site da associação – www.franciscanosnaprovidencia.org.br).     

SERVIÇO
Você também pode assistir a essa entrevista no YouTube, pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=MFH6Hh9mEe8&feature=share

Fotos: AI/HR

HR tem foco no atendimento humanizado

HR é referência em assistência médica eletiva de média e alta complexidade

Publicidade

Veja também