São 7 milhões de atendimentos, entre consultas, exames, internações e cirurgias. Mais de 17 mil partos contabilizados. Pelo menos 192 mil cirurgias realizadas nas mais diversas patologias e procedimentos. Com este balanço que o HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo comemora hoje 20 anos de atuação em Presidente Prudente. "É como se cada cidadão do oeste paulista fosse atendido quase oito vezes neste período", explica o diretor administrativo da instituição, Luciano Luiz Leite da Silva, frei Jacó. Hoje, as celebrações começam às 19h com a santa missa, presidida pelo frei Francisco Beloti, que é o presidente da OSS (Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus), responsável pela gestão do hospital há oito anos, completados no dia 13. A programação segue com homenagens e a exibição de um vídeo documentário sobre a história do hospital dentro de um coquetel.

Frei Jacó lembra que a instituição nasceu em 1997, a partir de esforços do ex-prefeito Agripino de Oliveira Lima Filho.

"Quando chegamos, o HR tinha 115 leitos em operação. Hoje são 550. Quadruplicamos os atendimentos. Então, temos muito a comemorar. A palavra para este momento é ‘gratidão’", comenta Jacó. "São 20 anos levando atendimento à população, gratuitamente, levando o bem, a saúde, a cura a muitas pessoas. Mesmo aquelas que não conseguimos curar, tentamos dar conforto e um atendimento de qualidade. É isso que nos move e nos deixa felizes. Agrademos a confiança de todos no nosso trabalho", complementa.

Frei Jacó lembra que a instituição nasceu em 1997, a partir de esforços do ex-prefeito Agripino de Oliveira Lima Filho. "O hospital foi uma grande obra de sucesso, que teve idealização na década de 90, construção e início de funcionamento", diz. Lembra que foi administrada pelo ex-chefe do Executivo e sua família até 2009, quando a Secretaria de Estado da Saúde resolveu comprar a instituição, que teve a gestão repassada para a OSS. "Hoje, o HR contribui para Prudente e região no quesito de geração de empregos: diretamente são 2,3 mil funcionários, fora indiretamente. Emprega, traz conhecimento, novas tecnologias, e hoje a cidade é referência na saúde, seja de pequena, média ou alta complexidade", frisa.

 

Avanços

O diretor administrativo recorda que, nos últimos anos, a instituição trouxe vários procedimentos que antes não existiam no local, como cirurgias cardíaca, neurológica, endovascular, mas ainda não promove transplantes, por exemplo, entre outros procedimentos específicos de algumas especialidades, como vascular, oftalmologia, e cirurgia cardíaco-pediatra, as quais são buscadas. "Portanto, o hospital tem muito para avançar ainda. Entendo que estamos no caminho certo. No dia 1º de setembro de 2016 referenciamos o pronto-socorro e isso foi um grande avanço", ressalta.

Frei Jacó frisa que, junto às celebrações do aniversário do HR, hoje, serão inaugurados mais cinco pontos de hemodiálise. "Isso significa que mais 30 pacientes que estavam na fila para fazer procedimento começarão a ser atendidos. Esse é um dos primeiros resultados do referenciamento, é o hospital a caminho de encontrar sua verdadeira identidade, que é promover uma assistência à saúde de qualidade, visando à alta complexidade, para que os cidadãos da região não precisem se deslocar a outras regiões", ressalta.

 

No leito

"Hoje, pra mim, este é um hospital de primeiro mundo. Me sinto bem cuidado por todos os funcionários, da enfermeira-chefe à faxineira. Não tenho do que reclamar", relata Amarildo Pereira, 53 anos, que está internado na Ala de Ortopedia há 34 dias. O morador de Presidente Venceslau conta que após um acidente de caminhão, em 2003, médicos de Cuiabá (MT) chegaram a querer amputar sua perna esquerda, no entanto, depois de ter sido transferido para o HR, o problema foi contido e até hoje é acompanhado pela instituição.

 

Cápsula do tempo

Ainda nesta semana, será enterrada no jardim frontal do HR uma cápsula do tempo com materiais coletados justamente hoje, dia 22, quando completados os 20 anos da instituição. "Queremos deixar um legado, ou seja, como será daqui a 10 anos? Como não podemos prever, podemos manifestar como é agora. Coletamos frases, testemunhos, vídeos, reportagens sobre o dia 22 de fevereiro, a fim de fazer com que, daqui a 10 anos, as pessoas sintam um pouco dos anseios que tínhamos, nossas alegrias, as percepções, assim por diante", conta Jacó.