Diante do cenário de dificuldades enfrentadas por inúmeros hospitais do país em repor seus estoques de medicamentos utilizados, especialmente, para intubações de pacientes com Covid-19, a exemplo do que já ocorreu com a Santa Casa de Presidente Epitácio e ocorre em Martinópolis, a reportagem decidiu verificar como está a situação no atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde) de Presidente Prudente, maior cidade do oeste paulista e que atende pacientes de toda a região. Por ora, a única unidade que demanda maior atenção para os próximos dias é a Santa Casa do município.
Isso porque, a unidade de saúde informou sexta-feira para a reportagem que há sim registro de falta de medicamentos e dificuldade na aquisição desses insumos. “A instituição está sem estoque de neurobloqueadores. Quanto aos sedativos, há o suficiente para aproximadamente seis dias e alguns analgésicos para 25 dias”. Alertou ainda que há dificuldade também para comprar antibióticos e outros materiais essenciais junto aos fornecedores.
O HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo, por sua vez, expôs, por meio de nota, que possui sim em estoque as medicações necessárias para atender pacientes de alta complexidade internados em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “O consumo das medicações varia conforme a gravidade do quadro clínico do paciente, peso e tempo de intubação”.
O mesmo ocorre na rede municipal, já que a Prefeitura de Presidente Prudente informou que na saúde local não há falta de medicamentos e insumos para o tratamento dos pacientes. “A Farmácia Central está abastecida e os estoques são suficientes para atender a demanda das unidades”, aponta.
Nesta semana, a Santa Casa de Misericórdia de Martinópolis divulgou que tinha em estoque medicamentos que fazem a sedação de pacientes que precisam ou estão intubados apenas até este fim de semana. Desde ontem, a situação preocupa a administração da unidade hospitalar, pois, caso o estoque não seja reposto, precisará mudar os protocolos internos para garantir que os pacientes não “acordem” da sedação ainda intubados. Situação semelhante ocorreu com a Santa Casa de Presidente Epitácio nesta semana, que chegou a divulgar ter sedativos até quarta-feira apenas, mas conseguiu reverter o cenário com a ajuda do DRS-11 (Departamento Regional de Saúde).
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