Termina à 0h deste domingo o horário de verão. Desta forma, os relógios devem ser atrasados em uma hora. Em Presidente Prudente, para alguns, a mudança gera insatisfação, enquanto para outros é motivo de comemoração. A medida traz trabalho às relojoarias da cidade, uma vez que os funcionários precisam alterar as horas dos produtos expostos, bem como no atendimento de clientes em busca de acertar os ponteiros. No maior aparelho deste gênero na cidade, localizado na Catedral de São Sebastião, na Praça Monsenhor Sarrion, no centro, 145 degraus precisam ser vencidos para que a alteração seja efetivada.
Relógio da Catedral de São Sebastião, em Prudente, é ajustado de forma eletrônica e mecânica
Conforme o monsenhor José Antonio de Lima, 60, o relógio localizado na catedral possui dois sistemas que devem ser ajustados: eletrônico e mecânico. "O funcionário realizará a troca neste sábado. Procuramos fazer antecipadamente", explica.
O empresário e membro do Rotary Club Sul, Ricardo Aoki, 56, afirma que a previsão é de que a troca de horário no relógio eletrônico localizado na rotatória do Museu e Arquivo Historio Prefeito Antonio Sandoval Netto seja feita amanhã ou na segunda-feira. "Todos os anos é o mesmo técnico que realiza a mudança", relata.
Para o lavador Celso Teixeira, 43, "o horário de verão não traz economia às empresas de energia elétrica". "Muitas empresas pagam hora-extra para os funcionários por conta da claridade do sol, ou seja, não adianta nada", considera. A comerciante Elienara Eloi dos Santos, 17, também prefere o novo horário. De acordo com ela, a correria do dia a dia lhe faz dormir tarde, o que dificulta em acordar cedo. "Agora, o dia passa mais devagar, dando mais tempo à família", acredita.
Regulação
Alguns vendedores de relógios também ressaltam sobre o trabalho para a fazer a regulagem dos aparelhos. O proprietário da Relojoaria Central, Mario Muramatsu, 63, conta que a maior parte dos relógios de seu estabelecimento é estocada sem pilhas. Isso porque a chance do material "estourar" nos produtos é grande. Somente alguns relógios de parede são regulados após a mudança de horário. "Muitas pessoas procuram a loja para acertar a hora. O aumento é de aproximadamente 40% no movimento", declara.
Para o proprietário da Ótica e Relojoaria Technos, Augusto Carlos Vieira, 56, a mudança atribui mais trabalho, porém, aumenta o lucro. O estabelecimento possui aproximadamente mil relógios, sendo regulados somente os que ficam expostos na parede, que são em torno de 20. "Os clientes vêm arrumar os horários e já aproveitam para comprar novos acessórios, fomentando a nossa venda. Isso é satisfatório", afirma.